A pequena borboleta

Lá ia a menininha,

Feliz a cantarolar,

Bate palma,

Um...dois...três!

Chegou a minha vez!

Ia correndo pelo bosque,

Seguindo borboletas,

A balançar seus braços,

Como se voasse entre elas.

Bate palma,

Um... dois... três!

Bor...bo...le...ta!

A vez é de vocês!

E ia feliz...

Seguia seu rumo,

Brincava, crescia,

Era uma criança sadia.

Passou-se o tempo.

Borboleta como era chamada,

Por gostar tanto deste inseto,

Adoeceu-se de um mal incerto,

Ali naquele vilarejo,

Borboleta era a mais bela,

Com trancinhas no cabelo,

Vestido de florzinhas,

Laços e fitas,

Rosto bem rosinha,

Uma linda donzela.

Todos se entristeceram,

Ao saber o que se passava,

A pequena borboleta,

Muito doente continuava.

Rezaram-se missas,

Vieram médicos da cidade,

Mas nada curava,

Aquela forte enfermidade.

Todos choravam,

Ela já não cantava,

E em volta da sua casa,

Várias borboletas pairavam.

Foram-se dias,

E ela não resistiu,

A pequena borboleta,

Daquela vida partiu.

Muitos choraram,

E muitos ainda contam o que aconteceu,

Desde que ela se foi,

Uma lenda ali nasceu.

Dizem que em seu enterro,

Quando iam baixar o caixão,

Uma forte luz veio,

Em meio à multidão.

O caixão se abriu sozinho,

E a luz se dissipou,

E onde havia o seu corpo,

Uma borboleta se postou.

Uma linda borboleta rosa,

A menina do vilarejo,

Que voa livre pelo ar,

Ao som daquele doce cantar.

Bate palma,

Um... dois... três!

Bor...bo...le...ta!

Chegou a minha vez!

Apenas mais uma de minhas republicações...

Que Deus lhes abençoe e ilumine sempre!

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 13/08/2011
Reeditado em 13/08/2011
Código do texto: T3157289
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