A MALDADE E O PERDÃO.
- Clara, juntamente com sua mãe Gina, voltavam, de mais uma consulta ao médico e a resposta dele fora a mesma de sempre: Sem doadores de córnea.
-A menina nascera com um lado do olho deficiente, sem qualquer explicação possível para justificar a causa. .
- Ela morava com sua mãe Gina e sua avó Liana. Seu pai abandonara o lar quando ela tinha três anos, hoje estava com dez. Cursava a terceira séria na escola, ia para as aulas com muita dificuldade, pois enxergava mal com sua única visão, usava óculos escuro boa arte do tempo, o que dificultava sua leitura.
- A menina sonhava em receber uma córnea para fazer o transplante, mas... Este dia nunca chegava, o que lhe deixava muito triste, pois sonhava em ser advogada quando crescesse.
- Ela sentia da parte dos colegas um certo preconceito, quando contava de seus planos futuros, sabia que todos não acreditavam que isto fosse acontecer por ser cega do olho direito. Mas ela não ligava.
- Clara, em suas preces antes de dormir, sempre perguntava pra Deus, por que ela tinha nascido cega e as resposta... Não chegavam entristecendo seu coração sonhador.
- Sua avó Liana, sempre lhe dizia... Clara, Deus sempre sabe o que faz, ele não castiga ninguém. A menina... Ao ouvir isto, ficava a pensar: Mas se ele não castiga ninguém, por que eu nasci assim, por que? E ia dormir com muitas lágrimas.
- Uma noite... Depois de suas constantes perguntas a Deus, ela sonhou que estava em uma pequena cidade, era filha de fazendeiro de cacau e tinha muitos escravos que estavam submetidos as suas ordens. Ela... Não tinha compaixão com nenhum deles, mandava e queria ser logo obedecida, sem ter que esperar muito.
- Entre os seus escravos, tinha uma jovem que lhe servia aos seus meros caprichos de mocidade. Era a pequena Ana, que tinha onze anos e lhe seguia sempre, toda noite em seus encontros amorosos, com um filho de fazendeiro que era inimigo de seu pai.
- Ana lhe acompanhava até um certo trajeto, ficando a lhe esperar. Um dia a jovem escrava contou a Clara que achava seu namorado muito bonito. Clara, ao ouvir isto, ficou com muito ódio de Ana, sabia que se ela contasse a seu pai, ele iria proibir este romance.
-Clara, não pensou duas vezes, levou Ana para a alas dos escravos, pegando um ferro quente, encostando nos olhos da menina, que gritara com muita dor. Clara, ao perceber seu gesto de insano, se arrependeu no mesmo instante, pedindo socorro a todos.
- Juntamente com seu pai, leva a menina para o hospital, ondeela passa muito tempo em recuperação das dores, ficando cega para o resto de sua vida.
-Clara, com muito sofrimento causado pelo remorso, cuida de Ana, como se fosse sua filha. As duas... Passaram muito tempo vivendo juntas, em clima de amizade, carinho e amor. Clara procurava se redimir de seu erro junto a Ana, e ela, sem guardar, ódio ou mágoa, lhe perdoa seu gesto de maldade, agradecendo a Clara todo dia, por seu amor de mãe, algo que Ana nunca tivera.
- Acordando deste incrível sonho, Clara está chorando, impressionada com tudo o que lembrava. Conta a sua avó e mãe que também ficam impressionada com seu sonho.
-As três... No mesmo dia procuram um centro espírita bem perto de sua casa. Clara, passa a freqüentar a evangelização espírita infantil, Gina e Liana, ficam na palestra pública.
- E desde este dia em que Clara sonhou com Ana, deixou de perguntar a Deus, o porque de sua cegueira, acreditando no que sua avó sempre lhe dizia: Clara... Deus sempre sabe o que faz, ele não castiga ninguém.
Amigos leitores, este é o meu primeiro conto infantil espiríta... Espero que gostem
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