Um cavalo já bem velho havia trabalhado a vida toda debaixo do sol quente, puxando o arado, preparando a terra para o plantio, ele se esforçava para não aparentar cansaço, pois temia ser vendido para a fábrica de salame, terror dos cavalos velhos daquele tempo.
Seu patrão era dono de um milharal na beira do mato, onde as espigas de milho já bem viçosas estavam na hora de comer,foi quando um bando de macacos esfomeados começou a devorar o milho. O homem aflito não sabia mais o que fazer.
Um dia o cavalo o chamou:
—Sô Juvenal... Quero fazer um trato com o senhor...
—Pois me diga qual é o trato...
—Eu dou conta de espaventar esses macacos e deixar sua roça em paz.
—Uai, então faz isso pra mim sô!
—Eu faço, mas quero uma coisa em troca.
—Fala o que você quer antes que minha roça acabe na barriga dos macacos.
—Eu espanto os macacos e em troca o senhor me deixa terminar meus dias naquele pastinho verde, na beira do ribeirãozinho sem precisar trabalhar mais.
—Combinado!
Noutro dia o cavalo botou seu plano em ação.
Deitou-se no meio do milharal se fingindo de morto. Avistando aquilo os macacos ficaram meio ressabiados. Olharam primeiro de longe e pé ante pé foram se aproximando...
O chefe do bando falou:
—Será que o cavalo está dormindo?
—Parece que ta morto...
Então começaram a cutucar o cavalo com uns gravetos, a jogar umas pedrinhas e nada dele se mexer; já confiantes subiram na barriga do cavalo e sapatearam. Ele quieto. De repente, o cavalo começou a soltar muitos “puns” deixando o ar bem mal cheiroso,
Os macacos falaram:
—Credo! Esse cavalo ta morto e pelo cheiro o danado morreu faz mais de uma semana, vamos tirar o bicho daqui e jogar lá longe naquele buraco, senão a gente não consegue comer milho nenhum.
O cavalo muito pesado e cheirando cada vez pior empestava o ar, precisaram chamar todo os macacos daquele mato para ajudar. Pegaram muitos cipós e muita imbira e amarram nas patas do cavalo e começaram a arrastar todo aquele peso com muita dificuldade, mas estavam firmes, pois o esforço valeria a pena.
Depois de muita canseira, já todo mundo suado de tanto puxar, foram descansar e comer umas espigas de milho.
Estava na hora:
O cavalo arregalou um olho, depois outro, soltou uns roncos estranhos e começou a relinchar feito doido, levantando-se esperneou cortando os cipós, pulou e deu muito coice no ar, enquanto fazia um barulheira dos diabos. Voou macaco pra todo lado ali na roça, a gritaria foi geral. Apavorado, o chefe do bando foi o primeiro a fugir, pensando que aquilo era assombração, cavalo fantasma vindo do além vigiar o milho no meio do dia. Todos sumiram para nunca mais voltar, aquela roça pegou fama de mal assombrada.
Cumprindo a promessa, Seu Juvenal soltou o cavalo no pastinho ali da beira do riacho e este passou o resto da vida comendo capim verde e bebendo água fresca.
Seu patrão era dono de um milharal na beira do mato, onde as espigas de milho já bem viçosas estavam na hora de comer,foi quando um bando de macacos esfomeados começou a devorar o milho. O homem aflito não sabia mais o que fazer.
Um dia o cavalo o chamou:
—Sô Juvenal... Quero fazer um trato com o senhor...
—Pois me diga qual é o trato...
—Eu dou conta de espaventar esses macacos e deixar sua roça em paz.
—Uai, então faz isso pra mim sô!
—Eu faço, mas quero uma coisa em troca.
—Fala o que você quer antes que minha roça acabe na barriga dos macacos.
—Eu espanto os macacos e em troca o senhor me deixa terminar meus dias naquele pastinho verde, na beira do ribeirãozinho sem precisar trabalhar mais.
—Combinado!
Noutro dia o cavalo botou seu plano em ação.
Deitou-se no meio do milharal se fingindo de morto. Avistando aquilo os macacos ficaram meio ressabiados. Olharam primeiro de longe e pé ante pé foram se aproximando...
O chefe do bando falou:
—Será que o cavalo está dormindo?
—Parece que ta morto...
Então começaram a cutucar o cavalo com uns gravetos, a jogar umas pedrinhas e nada dele se mexer; já confiantes subiram na barriga do cavalo e sapatearam. Ele quieto. De repente, o cavalo começou a soltar muitos “puns” deixando o ar bem mal cheiroso,
Os macacos falaram:
—Credo! Esse cavalo ta morto e pelo cheiro o danado morreu faz mais de uma semana, vamos tirar o bicho daqui e jogar lá longe naquele buraco, senão a gente não consegue comer milho nenhum.
O cavalo muito pesado e cheirando cada vez pior empestava o ar, precisaram chamar todo os macacos daquele mato para ajudar. Pegaram muitos cipós e muita imbira e amarram nas patas do cavalo e começaram a arrastar todo aquele peso com muita dificuldade, mas estavam firmes, pois o esforço valeria a pena.
Depois de muita canseira, já todo mundo suado de tanto puxar, foram descansar e comer umas espigas de milho.
Estava na hora:
O cavalo arregalou um olho, depois outro, soltou uns roncos estranhos e começou a relinchar feito doido, levantando-se esperneou cortando os cipós, pulou e deu muito coice no ar, enquanto fazia um barulheira dos diabos. Voou macaco pra todo lado ali na roça, a gritaria foi geral. Apavorado, o chefe do bando foi o primeiro a fugir, pensando que aquilo era assombração, cavalo fantasma vindo do além vigiar o milho no meio do dia. Todos sumiram para nunca mais voltar, aquela roça pegou fama de mal assombrada.
Cumprindo a promessa, Seu Juvenal soltou o cavalo no pastinho ali da beira do riacho e este passou o resto da vida comendo capim verde e bebendo água fresca.