A BRUXA DEPRIMIDA !

Elizia fecha seu livro de histórias ficando pensativa. se levanta e vai á procura de sua mãe Sherezad perguntando: Mãe, por que todas as histórias e contos infantis, começam com Era uma vez? Ela, olhando para sua filha de sete anos, acostumada cm seus inúmeros questionamentos e perguntas responde: Ah... Eu não sei quem foi o autor desta frase, complementando isto você terá que descobrir por si própria e agora mocinha... Já para a cama, amanhã tem que acordar cedo, abraçando e beijando a menina.

- Voltando para seu quarto, pega todos os seus livros e constata que sempre no inicio tem um era uma vez... Cansada, dorme para logo depois sonhar que entra no mundo do conto infantil. Lizia admirada com tanta beleza e perfeição neste mundo mágico, encontra o gato de Alice no país das maravilhas, fazendo esta pergunta: O senhor sabe quem é o autor desta frase Era uma vez? Ele que adora brincar com todos, pede que vá a casa do velho Gepeto, pois lá encontrará uma resposta.

- Elízia encontra a casa e bate na porta sendo atendida pelo grilo falante que pede para ela entrar. Gepeto ocupado em passar óleo de peroba no nariz de Pinóquio, lhe informa que não Sabe de nada e pede para ela ir atrás do gigante do pé de feijão mágico, já que ele mora nas alturas, talvez saiba quem é o autor.

- A menina vai até a árvore, subindo pelas folhas para encontrar o gigante, que logo lhe responde: Eu não vi... Acho que estava tirando uma soneca nesta hora. Já tentou com o mágico de oz? Ele sendo feiticeiro deve saber quem é o autor desta famosa frase.

- Ela, descendo rápido vai afobada atrás do mágico para saber da informação.

- Chegando na cidade de Oz é recebida pelo leão medroso, informando que o mágico está ocupado passando graxa no homem de ferro e pergunta a menina: Já foste com o lobo mau? Elizia apressada sai de lá em busca de encontrar o malvado lobo que se encontra escondido no meio da floresta.

- Chegando , a menina grita pelo nome dele que ao ouvir uma voz de criança pensa logo que é a chapeuzinho vermelho e foge com medo de levar mais uma surra.

- Cansada das idas e vindas, Elízia descansa no tronco de uma árvore e fica um minutode olhos fechados, se assustando ao ouvir um barulho no mato. Se levanta para ao ver que é, aparecendo Dunga o anão da branca de neve que está triste até hoje pela partida da princesa.

- Ela conta a ele, que passou o dia todo de um lado para outro atrás de uma informação.

- Dunga responde que sabe quem é, onde a pessoa mora, mas... Que tem muito medo de ir lá. Elizia se mostrando corajosa, pede a ele para levá-la até lá. Os dois seguem rumo ao castelo no alto da colina.

- Chegando no local indicado batem na porta sendo recebidos pelo espelho mágico da madrasta malvada de Branca de neve que pede para eles entrarem.

- Os dois... Assustados sentam e se levantam ao verem entrar a Rainha má, que olha para a menina afirmando: Sou eu a autora desta inicial frase... Era uma vez.

- A menina sem conseguir falar nada, apenas olha para ela que continua: Sei que você passou o dia todo querendo esta informação. Elizia, então pergunta a ela o por quê de todas as histórias começarem assim.

- A rainha, que tem o rosto metade de bruxa e outra metade humana conta aos dois: Depois que eu cai no penhasco, quando fugia dos anões, chegando em casa me arrependi de tudo o que eu fiz para a Branca de Neve e desde esta época remota, vivo triste, melancólica e deprimida.

- Por minha culpa muitas mulheres receberam o título de A madrasta malvada.

- Com tanta maldade cometida por mim contra Branca de neve desde que ela era uma criança, hoje eu não tenho paz e nem sou feliz com toda a fortuna que eu tenho.

- E para que esta minha história não se tornasse uma realidade, eu criei o Era uma vez. Pois todos... Ao lerem, irão saber que é apenas uma invenção, um conto, uma imaginação, irreal ou algo que nunca existiu.

-Elizia, satisfeita com a resposta que tanto queria saber, acorda em seguida e lembra de todo o sonho que teve.

- Pensativa com tudo que viu e ouviu, concorda com a bruxa malvada e deprimida: Ela tem razão, é melhor mesmo que nada do que ela fez com Banca de Neve se torne uma realidade

Escritora Dotthy
Enviado por Escritora Dotthy em 09/03/2011
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