O PRÍNCIPE ENCANTADO

(Continuação de Cri, cri, cri.)

Por causa da chuva caída durante a madrugada, apareceram vários sapos.

Clarinha e Francisca foram para o quintal brincar com eles.

Francisca pegou um para mostrar à Clarinha, como ele fica inchado, para poder se desvencilhar da mão de quem está pegando nele.

- Minha professora disse que nós não podemos pegar nas costas dos sapos, por causa do veneno branco, que sai do ombro deles.

Ficaram brincando de pegar sapinhos boa parte da manhã.

Escondido por trás de umas pedras, no canto do quintal, Francisca descobriu um cururu.

Olhos amarelos, enormes, a pele rugosa, escura com manchas claras.

O tamanho incomum do animal lembrou, às meninas, a história da princesa que encontra um sapo enorme, que se transforma num príncipe rico e belíssimo, depois de ganhar o beijo que quebrou o encantamento, feito por uma bruxa má.

Francisca apanhou o animal e correu para dentro de casa gritando:

- Mamãe! Eu achei um príncipe encantado...

E, antes que algum adulto pudesse dizer, ou fazer alguma coisa, beijou a boca do enorme sapão.

(Continua em Seu Rompeu)