ARAPUÁ
(Continuação de Soldadinho)
Francisca estava encantada com tantas novidades.
- Caraca! Como é que pode nascer manga numa árvore?
Até então, ela sabia que manga “aparece” na gôndola refrigerada do setor de frutas do supermercado. E só.
Pela manhã, logo após a papa de aveia que vó Maria fez, as primas desceram para o quintal, a fim de apanhar as mangas que haviam caído durante a noite.
O cheiro das frutas maduras, com as cascas rompidas na queda, atraia enxames de abelhas Arapuá.
Nativas, sem ferrão, inofensivas, mas que por causa da cera espalhada em seu corpo, ficam pregadas em tudo que tocam, principalmente nos cabelos longos do rabo de cavalo de Francisca, que voltou correndo para dentro de casa, gritando por socorro.
Nesse dia Francisca não quis mais saber de apanhar mangas.
(Continua em Cri, cri, cri)