O ACIDENTE DE BRISA
Numa tarde tranquila, Brisa, que é uma menina doce e muito inteligente, brincava no quintal e a mãe trabalhava na cozinha, quando ouviu seu grito. Depressa a mãe foi socorrê-la e encontrou caída, ensaguentada no rosto, nas pernas e braços. Apavorada carregou-a até uma torneira e lavou seu corpo para verificar a origem do sangramento. Havia uma perfuração na mãozinha e um corte fundo no pulso que sangravam muito, além das escoriações no corpo devido ao tombo. Ela tropeçara e caíra com um copo de vidro que trazia na mão. Com uma toalha enrolada em volta do ferimento Brisa teria de ser levada ao posto de saúde. O irmão cuidava dela e a consolava, enquanto a mãe trocava de roupa. Quando ouviu falarem que teria de ir ao posto de sáude, ela olhou para o irmão, que saíra correndo do banho e disse chorando: - O quê? Posto de saúde? - "Bota uma camisa, tu vai comigo!" Mas acabou indo com a mãe mesmo. No carro ela chorava e dizia: Mãe, não quero morrer!, enquanto a mãe a acalmava dizendo-lhe que tudo ficaria bem. Lá chegando a enfermeira tranquilizou-a e chamaram o médico, o qual disgnosticou que não necessitaria de pontos, o que a acalmou um pouco. Perdeu bastante sangue e após os procedimentos e curativo, ela agradeceu a enfermeira e disse-lhe: - Agora, que perdi tanto sangue vou ter de comer um "caminhão" de beterraba, pra não ter anemia - O pessoal do atendimento achou muito engraçado, o que serviu para descontrair o clima de tensão pelo qual elas passaram. Ao entrar no carro ela diz: Mãe, tu tinha razão! Tudo deu certo. Mas agora eu aprendi a lição! Sempre que cair com o copo de vidro na mão, devo jogar ele longe! A mãe sorri, agradecendo a Deus por ter cuidado mais uma vez do seu anjinho, pois Brisa é um sopro de luz que ilumina a vida de todos que convivem com ela.
Helena da Rosa
26.01.2010