O casamento do Pinóquio

O velho Gepeto estava lá...

Em sua casa descansando...

Quando ouviu alguém fofocar...

O Pinóquio ta namorando!

Ele chegou até a janela...

Só para bisbilhotar...

E ouviu o grilo falante...

Que continuava a falar...

Ora...ora esse boneco...

É mesmo enxerido...

Sua cabeça é mesmo oca...

Essa boneca não é moça...

É só uma boneca...

E é muito patricinha...

E mesmo se fosse de verdade...

Por que ela o namoraria?

E o Fígaro escutava...

E balançava a cabeça...

Com seu olhar concordava...

Melhor mesmo que a esqueça...

E o Gepeto tudo ouvindo...

Pôs-se logo a pensar...

O seu filho agora homenzinho...

Logo por uma boneca foi se apaixonar?

Eita Pinóquio danado...

O que hei de fazer...

Essa boneca de plástico...

Bem que podia viver...

E o rapazinho estudava...

Não fazia mais peraltices...

Muito menos contava mentiras...

O juízo havia adubado suas raízes...

Ou será que foi o amor?

Todos os dias quando chegava...

Ele se sentava no sofá...

E ficava á contemplar...

Ele a achava linda e meiga...

De um rostinho angelical...

Conversava com ela ainda...

Que soubesse que não era real...

Um ex-pedaço de madeira...

Uma bonequinha de plástico...

Um pedido pra Fada Azul...

E o Gepeto teve um sonho mágico...

Em luz se manifestou...

Com o brilho de uma estrela...

E ao velhinho ela falou...

Acorde Gepeto e vá vê-la...

E assim se levantou...

E lá estava a mocinha Barbie...

Em um belo vestido de baile...

Quase era uma menina de verdade...

Mas ainda era de plástico...

E então do sonho ele se lembrou...

A boneca só seria de verdade...

Quando ganhasse um beijo de amor...

Já era de tardezinha...

Quando o Pinóquio chegou...

Deu um beijo no Gepeto...

E no sofá se sentou...

Sentiu a sua ausência...

Papai onde ela está?

Ela foi dar uma volta...

Disse que não iria demorar...

O Pinóquio se surpreendeu...

E pra rua ele correu...

Viu-a no banco da praça...

E ela também o reconheceu...

Você é de verdade?

Eu só posso estar sonhando!

Mas eu ainda não sou menina...

Pra isso só me beijando!

E assim a história continuou...

E moça de verdade ela virou...

Com o tempo se casaram...

E com seus amigos ele festejou...

João honesto foi o padre...

A Fada e o Grilo os padrinhos...

A lua de mel foi pelos sete mares...

Na barriga de uma enorme baleia de turismo...

E o seu gepeto... bem...

Ele ganhou mais uns bonequinhos...

Quero dizer...

Muitos netinhos!

Fim!

Obrigado a todos que me lêem... Convido vocês a lerem meus contos...

”O jogo da forca” - Terror/Suspense

"Joãozinho faz de conta" - Cotidiano

"Um assassinato no recanto das letras" - Suspence/Policial

Obrigado pela carinhosa visita!

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 22/01/2011
Reeditado em 28/05/2011
Código do texto: T2744748
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