O BAÚ DA MENTIRA!!
Alicia respondeu logo para sua mãe: Não fui eu. Alana, olhando séria para a filha, pergunta: Tens certeza? Ela afirmou.
- Alana perguntou a Analu, foste tu? A menina também negou.
-Pronto: Pensou Alana, não foi nenhuma de nós quatro, por que sua avó é que não foi. Alguém quebrou minha máquina fotográfica. Deve ter sido o homem invisível, complementou ela. Vou colocar um detetive para descobrir quem é o responsável.
Analu e Alice, olharam uma para outra com ar de acusação, subiram correndo para seus quartos.
- Lá, Alice pergunta a irmã: Foi você Analu? Tem a mania de mexer em tudo que é da mamãe. A menina, de apenas três anos, olha para a irmã e começa a chorar.
-Alice, senta em sua cama, puxando um pequeno baú que estava embaixo, abrindo o mesmo, tirando de lá, seu pequeno diário, onde começa a escrever.
- Querido diário: Hoje, depois que eu cheguei da escola, peguei a máquina fotográfica da mamãe para tirar umas fotos minhas, quero fazer um novo álbum para mostrar as minhas amigas,mas... Sem querer, eu deixei cair no chão, quebrando logo o visor dela. Ufa, ainda bem que minha irmã Analú não viu nada, coloquei a máquina de volta no lugar, e nem imaginava que justo hoje, mamãe precisaria dela, e quando percebeu que estava quebrada, foi aquele Deus nos acuda.
- Ela perguntou se tinha sido eu: Como sempre, eu neguei.
- Ela perguntou para minha irmãzinha, que nem sabia o que estava acontecendo, e a vovó não tem interesse nenhum em saber da máquina, sobrando para mim,claro, sendo a principal suspeita, já que mamãe sabe que tenho paixão por fotos, mas como ela não tem certeza, ficou somente na dúvida.
-Alice, guarda seu diário dentro do baú, escondendo muito bem, para Analú não encontrar.
- Lá, estavam registrados todos os seus segredinhos tipicos de uma menina de dez anos, Sua mãe jamais poderia descobrir que lá, escondia suas notas vermelhas, a verdade sobres seus trabalhos escolares, que sempre esquecia de fazer e entregar, ficando sem nota, das desculpas que tinha que inventar, toda vez que sua mãe perguntava pelas notas de suas provas.
- Sempre que ela quebrava algo em casa, negava a a mãe e avó, deixando sua irmãzinha Analú, levar a culpa, pois a menina, vivia fuçando tudo que encontrava pela frente.
- Alicia acreditava que fazendo isto, estava omitindo a verdade da mãe, e não contando mentiras.
-Analú, em sua inocência da idade, não podia se defender de nada, levando a culpa de muita coisa.
Na hora do jantar, Alice e Analú descem, se reunindo com a mãe e avó que morava com elas, desde que o avô das meninas falecera.
-Alana, saía cedo de casa para trabalhar e só chegava as 16:00, as meninas estudavam na mesma escola pela manhã, e quando chegavam ficavam sob os cuidados de Marília, que adorava as netinhas, o pai de Alice e Analú: Pedro, viajava constantemente devido ao seu trabalho.
- Alana, procurava sempre dar assistência na educação das duas filhas. Alice estava na quarta séria, na fase de se achar independente, não querendo mais ser vista como criança, e já uma mocinha e Analú, precisava de mais cuidados.
- Sabia que Alice gostava muito de ver televisão, escutar músicas, ficar no telefone com as amiguinhas, querendo ir dormir na casa delas, deixando de lado os estudo, deste modo, Alana ficava sempre cobrando da filha que estudasse mais, se dedicasse com seriedade, onde Alice sempre respondia: Mãe, eu só tiro notas altas.
-E quando Alana perguntava pelas notas da filha: Alicia toda nervosa, sempre respondia a sua mãe: A professora ainda não corrigiu,ou... Não entregou as provas, ou...Ela esqueceu de levar hoje.
-Marília, ao escutar estas conversas da neta , alertava Alana, que a mesma, deveria ir na escola se informar sobre a verdade.
- Ela sempre lhe dizia: Prefiro confiar na Alicia, somos amigas.
-No sábado, que era dia de faxina, Alana, estava arrumando o quarto das meninas, foi mudar a cama de lugar, onde encontrou seu antigo baú de madeira, presente de seu pai, quando completou quinze anos, para guardar todos os seus gibis e revistas de moda.
- Ela ,com saudades abriu o baú, encontrando suas revistinhas, há muito tempo esquecidas por lá.
- Encontrou também, algo que não era seu, um diário todo enfeitado com flores e fitas na cor róseo e lilás, reconheceu logo a letra de Alicia.
-Alana, dividida entre respeitar a privacidade da filha e saber o que poderia ter ali de importante e sigiloso para estar escondido dentro do baú, resolveu ler algumas páginas.
- Logo, foi descobrindo sobre as notas da prova da Alicia e as mentiras que a menina contava sobre os trabalhos que a mesma squecia de entregar na escola, e a confissão sobre como ela deixou cair sem querer, a maquina fotográfica de Alana,
-Alana, fica muito triste com esta descoberta da filha.
- Alicia, subindo correndo para seu quarto, encontrou a mãe com seu diário na mão, a menina assustada, ficou olahndo para a mãe, sem fala, Alana perguntou a filha o por quê de tantas mentiras.
- Alicia, começou a chorar, dizendo: Tinha medo que a senhora fosse brigar comigo.
Alana, muito séria, responde a filha: Deveria sempre contar a verdade, não importando qual seria a reação diante dela, e responder pela conseqüência dos seus erros.
- Não está correto o que fizeste, mentindo este tempo todo para mim,sua avó e para ti mesma, o pior é que ainda deixava a culpa em sua irmã,
- Filha... Eu estou muito triste com suas atitudes.
-Alicia, chorando muito, pede desculpas a mãe, prometendo que não repetiria mais estes erros, que não mentiria sobre mais nada, que agora que sua mãe tinha contado seus erros, ela entendeu que não estava apenas omitindo a verdade da sua mãe, como pensava, mas sim contando uma mentira atrás da outra.
-Alana, abraçando a filha, comenta; Espero que realmente tenha aprendido a lição, que não seja mais preciso usar o baú para guardar suas mentiras.