MEU ARCO - ÍRIS!!
Marlon é um menino que sempre está de bom humor, mora com seu pai Tales e mais sua irmã Maria , seu pai trabalha na oficina na parte de frente de sua casa, na fabricação de móveis, mas vivia aborrecido e irritado com os filhos, a mãe de Marlon já era falecida há mais de um ano, e desde que isto aconteceu seu pai ficou assim, e todo o seu mal humor, descontava nos filhos, mas Marlon não se deixava afetar por isto, sempre explicava para a irmã que fizesse o mesmo, pois o pai estava doente de saudades , o menino de nove anos sempre dizia a ela que sua mãe estava lhes auxiliando lá do céu, na escola Marlon era muito prestativo, bom aluno, sempre ajudando a todos com seu otimismo e sincero sorriso. Todo dia, levava escondido de seu pai, um café da manhã para um morador de rua, que ficava no caminho de sua escola, ele ao receber esta primeira alimentação, dizia logo a Marlon... Menino, se todos fossem iguais a ti, ninguém ficava com fome, Marlon então dava seu lindo sorriso que chegava até seus olhos, o morador sempre lhe dizia: Tu és meu arco- Íris, deixa o meu dia mais alegre e passo a ver tudo colorido. O menino seguia para a escola, sempre feliz, e assim que voltava para casa, ia logo ter com seu pai, que sempre lhe recebia com sua costumeira irritação, nem aceitando seu abraço, Marlon lhe dizia que não ficasse alimentando energias ruins, pois poderia adoecer, mas o mesmo já estava habituado a ficar assim, Marlon entrava em sua casa para ajudar sua irmã Maria de 14 anos a preparar o almoço, ele gostava de contar historias alegres para a irmã, que esquecia um pouco do maus gênio do pai, que nada fazia para sair deste estado. Toda manhã Marlon além de levar o café do Saulo, ficava uns minutinhos a conversar com ele, dizia que sentia falta da mãe, ficava triste ao ver o pai naquela costumeira tristeza , queria muito lhe ajudar, lembrava que ele já fora um dia alegre, quando a mãe estava com eles, o que ele poderia fazer? Saulo tentava ajudar Marlon pois amava muito o menino, lhe era grato por tudo, as vezes dizia que gostaria de ter um filho igual a ele, o menino dizia que seria muito mais feliz se tivesse um pai parecido com Saulo. Desta forma Saulo sentia motivação para continuar sua vida difícil de morador de rua, sofrendo com o preconceito de muitos e Marlon encontrava nele carinho, algo que não tinha no pai, o menino ao chegar em casa, já não ia mais para oficina abraçar Tales como fazia sempre, se dirigia logo para a cozinha contando a Maria sua amizade com Saulo, a irmã ficava alegre só em ver a fisionomia do irmão, sempre tão feliz. Passado vários dias seu pai, aos poucos começou a estranhar a ausência do filho, pois o mesmo tinha o hábito de ir lhe abraçar, logo que chegava da aula , ao chegar na cozinha encontrou o menino relatando para a irmã, as histórias de Saulo, que lhe repetia sempre. Marlon, tu estás sempre a dar um novo sentido em minha vida, é meu arco- Iris, Tales ao saber esta amizade, proibiu o menino de ter contato com ele, ficaria de castigo se lhe desobedecesse. O que Marlon faria? Pensava ele.
Seu pai passou a lhe vigiar para o filho não levar mais alimento para Saulo, ficava na porta para ver se ele não ia parar com Saulo, que dormia bem próximo. Deste modo nada mais de alimento e nem sorrisos e simpatias para Saulo, passando a ficar triste por não ver mais Marlon, mas o menino não desistiu, tentou várias maneiras de encontrar seu querido amigo, como não conseguiu nenhuma, fugiu da aula, indo ter com Saulo, que sem entender porque Marlon estava ali, e não na aula, o mesmo contou tudo a ele. Saulo junto com o menino se dirigiram a casa dele. Tales ao ver esta cena, mostrou seu companheiro mau humor, brigando com os dois logo que se aproximaram dele, Saulo disse a Tales, que não sabia reconhecer o maravilhoso filho que tinha, sempre alegre e otimista, por que Tales não aprendia com o filho? Contou como Marlon lhe ajudou a sair da tristeza costumeira que tinha toda manhã, depois que conheceu o menino passou a ser alegre também, que Tales já tinha perdido a esposa, mas que o mundo e a vida continuavam, que o menino precisava do carinho e amizade do pai. Tales, envergonhado com seu comportamento egoísta, reconheceu seu erro, abraçou o filho, algo que nunca fazia, perguntou se Saulo não queria ficar para jantar com eles, e se não gostaria de lhe ajudar com a fabricação de móveis, no que ele aceitou na hora. Desde este dia, Tales se modificou, Marlon agora quando chegava da escola, entrava na oficina para abraçar seu pai e seu querido amigo, ex- morador de rua. Que lhe repetia sempre com muito carinho... Chegou o meu arco- Íris mais colorido do mundo.