Margarida Menina

Margarida-Menina foi dar uma volta...

Ela saiu encantada, era seu primeiro passeio sozinha

Isto... sobre os protestos de seus pais que diziam: Minha filha... O mundo lá fora é uma imensidão... Tudo é sombra e escuridão.

Margarida nem ligava, pois crescera ouvindo isto. Eles tinham medo do mundo exterior e queriam que ela tivesse medo também.

Foi toda feliz e sorridente... Sua roupa reluzia de tão branca, seu rostinho bem amarelinho

De vez em quando dava uma parada, para apreciar o colorido das borboletas. Que beleza de variedades e tamanhos, a pequena Margarida pensava.

Continuou andando... Parava um pouco ali ou acolá. Foi para perto de um casal de sabiá ,queria ouvir de pertinho o cantar dos passarinhos ali a morar.

Margarida foi para o outro lado, sentindo o cheiro gostoso de natureza no ar... Com muitas brisas a soprar.

Ficou encantada... Sempre presa no seu mundinho fechado... Medos dos pais

Ela continuou sua jornada no meio do campo encontrando simplicidade e majestade por onde passava. Insetos nos mais variados tamanhos e documentos... Libélulas e abelhas felizes em seu balé a dançar... Teria muitas novidades para contar, pensava ela. Compartilharia tudo com seus pais.

Enfim... Ela encontrou o que realmente procurava: Suas irmãs... As flores.

Ela se surpreendeu com tantas variedades, cores e diferenças.

Amor- perfeito, Rosas, Jasmim, Lírios, Petúnias, Flores do campo, muitas em cores violetas... Maior aquarela viva já vista em toda sua curta vida. Nunca pensou que existisse tanta profusão de suas irmãs... As flores.

E ela que se considerava a mais linda flor e continuou seguindo. Tinha hora pra voltar... Nem podia abusar... Era sua primeira chance de mostrar aos pais que não era mais uma Margarida menina. Apressou os passos e em tudo continuou a vislumbrar.

Quanta riqueza... Exclamava ela... E eu? Presa sempre em mim mesma.

Quanta sabedoria e bondade criada por Deus. Tanta beleza para nos alegrar.

Margarida voltou para casa na hora prevista. Sua mãe Dona Margarida flor, percebeu no exato momento que ali não estava mais a mesma Margarida que tinha saído bem cedinho. Esta que voltava era uma transformada Margarida. Uma Margarida decidida, sem medos ou receios, disposta a tudo desvendar e enfrentar. O conhecimento do mundo exterior trouxe em seu pequeno coração a certeza... A vida entre outras flores era maravilhosa.

Assim somos nós... Por termos medos de tentarmos, enfrentarmos nossos medos... Acabamos desistindo, perdendo a oportunidade de nos tornarmos ricos em experiências!!

Escritora Dotthy
Enviado por Escritora Dotthy em 12/11/2010
Reeditado em 17/12/2011
Código do texto: T2611984