Minha Vida de cachorro.
Meu nome é Tião.
Tenho três anos. Adquiri esse nome por vacilo que cometi quando ainda era filhotinho. Sou um vira-lata misturado. Lembro que mamãe Pituka teve uma barrigada de oito cada um de um jeito. Há!Há! Todos bonitos como eu!vi cada um deles sendo doados na vizinhança e eu ficando... Até que no dia que iam me levar o meu atual dono não deixou. Fiquei convivendo mais algum tempo com mamãe até que á um ano ela comeu um rato envenenado e morreu... Fiquei muito triste. Mas ainda bem que tinha uma cadelinha no quintal, a Dara. Ficamos amigos e depois ela morreu atropelada na BR. Tinha seguido os rastros de sua dona. Nunca tinha visto gente chorando por causa de cachorro. Segui minha jornada solitária, não parava em casa. Vivia na rua noite e dia, sumia por dias ou até semanas, mas sempre voltava ao LAR. durante um certo tempo tive tratamento VIP com direito á clinicas, banho, tosa. Adorava quando chegava a minha casa com gravatinha vermelha, perfumado, cheiroso e era recebido com abraços e atenção. Mas o tempo foi passando e esqueceu-se de mim. Tudo bem que comida e água nunca faltaram. Mas esqueceram que higiene é fundamental. Não tomava banho deixando que pulgas e carrapatos se apossassem de mim formando aglomerados no meu corpo maltratando o meu pêlo já sem brilho. Mas nem só de coisas ruins vive um cão. Finalmente fez-se um milagre. A irmã do meu dono resolveu cuidar de mim. Estava eu na rua como de costume e escutei me gritando:- Tião, Tião vem aqui seu danadinho vem tomar um banho! Nossa! Como queria fugir naquela hora! Mas não, fechei os olhinhos cor de mel, esperei ela chegar e agarrar minhas patinhas dianteiras. Fui literalmente jogado no tanque tirando o grosso com xampu e condicionador comprado só pra mim. Passou um remédio branco no meu corpo e todo o meu pêlo. Fiquei quietinho sem dar nenhum trabalho até então. Enquanto ela falava, falava:- ETA! Tião bonzinho. Como pôde ficar assim? Seu Sigismundo. Titia vai cuidar de você viu. Mas, foi ela me soltar e corri pra terra rolando com maestria formando barro. Titia saiu correndo como um foguete me xingando, xingando:- Tião seu filho da mãe, ocê ta pensando que é porco? Não é não viu! É um cachorro! Por um momento esqueci-me disso. Tudo o q eu queria era sacudir em paz e rolar no barro para a coceira passar. O resultado é que tomei outro banho e de novo passou o danado do remédio. -aí como coça! Fui trancado no terraço onde não tem terra. Sacudir com força como sinal de vingança molhando a minha bem feitora. Que bobeira NE. Hoje nesse exato instante estou novamente aqui no terraço sequinho, cheiroso, sem coceira, depois de outro banho, feliz aguardando o meu dono chegar para receber carinho e agradecer. -AU! AU! AU! -AU! AUUUUUUUUU!
01/09/10-22h00min
27/05/2019 00:02 -
Lianatins
Que belo seu texto infantil poetisa Marli,
tive que ler para o meu neto, pois insistiu que o fizesse,
adorei a leitura, parabéns!
Daqui envio um abraço de paz!
Meu nome é Tião.
Tenho três anos. Adquiri esse nome por vacilo que cometi quando ainda era filhotinho. Sou um vira-lata misturado. Lembro que mamãe Pituka teve uma barrigada de oito cada um de um jeito. Há!Há! Todos bonitos como eu!vi cada um deles sendo doados na vizinhança e eu ficando... Até que no dia que iam me levar o meu atual dono não deixou. Fiquei convivendo mais algum tempo com mamãe até que á um ano ela comeu um rato envenenado e morreu... Fiquei muito triste. Mas ainda bem que tinha uma cadelinha no quintal, a Dara. Ficamos amigos e depois ela morreu atropelada na BR. Tinha seguido os rastros de sua dona. Nunca tinha visto gente chorando por causa de cachorro. Segui minha jornada solitária, não parava em casa. Vivia na rua noite e dia, sumia por dias ou até semanas, mas sempre voltava ao LAR. durante um certo tempo tive tratamento VIP com direito á clinicas, banho, tosa. Adorava quando chegava a minha casa com gravatinha vermelha, perfumado, cheiroso e era recebido com abraços e atenção. Mas o tempo foi passando e esqueceu-se de mim. Tudo bem que comida e água nunca faltaram. Mas esqueceram que higiene é fundamental. Não tomava banho deixando que pulgas e carrapatos se apossassem de mim formando aglomerados no meu corpo maltratando o meu pêlo já sem brilho. Mas nem só de coisas ruins vive um cão. Finalmente fez-se um milagre. A irmã do meu dono resolveu cuidar de mim. Estava eu na rua como de costume e escutei me gritando:- Tião, Tião vem aqui seu danadinho vem tomar um banho! Nossa! Como queria fugir naquela hora! Mas não, fechei os olhinhos cor de mel, esperei ela chegar e agarrar minhas patinhas dianteiras. Fui literalmente jogado no tanque tirando o grosso com xampu e condicionador comprado só pra mim. Passou um remédio branco no meu corpo e todo o meu pêlo. Fiquei quietinho sem dar nenhum trabalho até então. Enquanto ela falava, falava:- ETA! Tião bonzinho. Como pôde ficar assim? Seu Sigismundo. Titia vai cuidar de você viu. Mas, foi ela me soltar e corri pra terra rolando com maestria formando barro. Titia saiu correndo como um foguete me xingando, xingando:- Tião seu filho da mãe, ocê ta pensando que é porco? Não é não viu! É um cachorro! Por um momento esqueci-me disso. Tudo o q eu queria era sacudir em paz e rolar no barro para a coceira passar. O resultado é que tomei outro banho e de novo passou o danado do remédio. -aí como coça! Fui trancado no terraço onde não tem terra. Sacudir com força como sinal de vingança molhando a minha bem feitora. Que bobeira NE. Hoje nesse exato instante estou novamente aqui no terraço sequinho, cheiroso, sem coceira, depois de outro banho, feliz aguardando o meu dono chegar para receber carinho e agradecer. -AU! AU! AU! -AU! AUUUUUUUUU!
01/09/10-22h00min
27/05/2019 00:02 -
Lianatins
Que belo seu texto infantil poetisa Marli,
tive que ler para o meu neto, pois insistiu que o fizesse,
adorei a leitura, parabéns!
Daqui envio um abraço de paz!