A formiga e a pata suave do elefante

Todos já ouviram falar de estórias de Elefantes e Formigas. Essa que eu conheço, aconteceu nas Savanas.

Certa vez um Elefante amigo de uma Formiga, ambos moravam na África, resolveram fazer uma viagem.

A Formiga e o Elefante gostavam de passear nas Savanas. Um sempre acompanhava o trajeto do outro, com seu próprio ritmo e eram muito amigos.

O Elefante que costuma seguir a fêmea na manada, nesse caso, resolve seguir a Formiga com muita atenção e habilidade.

Os Elefantes imitam os sons da floresta e isso encantava a Formiga.

A Formiga por sua vez, era bem faladeira e gostava muito de contar suas aventuras ao Elefante.

A Formiga tinha uma mania de subir pela tromba do Elefante e ficar ali dentro de seus enormes ouvidos, falando sem parar. A Formiga gosta de ser sociável e contar muitas estórias. Isso alegrava o Elefante. Mas às vezes o Elefante queria escutar tudo o que se passava ao longe, e ficava um pouco absorto das conversas da Formiga.

O Elefante por sua vez, agradava muito a Formiga nos banhos do riacho. Com a sua tromba ágil, brincavam, bebiam água e reinava entre eles a alegria. Muitas estripulias faziam os dois amigos. O Elefante e a Formiga já fazem parte da estória do lugar. E todos os animais sabiam da importância que a tromba de Elefante tem, porque é fundamental para a sua sobrevivência. Diziam que os dois viviam numa harmonia constante.

Um dia resolveram passear até chegarem ao oceano, num trajeto pioneiro para ambos.

Uma aventura aonde a Formiga queria conhecer a água salgada do mar e o Elefante que já memorizava os locais onde existe água, nos tempos de seca, sentiu-se importante ao garantir a dupla o conforto e bem-estar do trajeto da viagem. A Formiga como uma boa organizadora de trajetos, levou a frente o sonho com uma boa organização de necessidades, comida de folhas para ambos. E foram em busca do desconhecido. E partiram sem se despedirem dos outros animais.

Porém a Formiga, não contava com aqueles dias de Elefante, onde os machos ficam agitados e destemperados. E por causa disso, O Elefante, com a sua grande pata suave quase a esmaga. E a Formiga atolada, sente o cheiro do perigo e consegue escapar bem depressa. Rapidamente cavando no solo que bem conhece, com suas seis pernas. E ficou escondida assustada por um bom tempo, tremendo de medo.

Deixou para trás uma trilha com o rastro de feromona para o Elefante a encontrar, mas para ele é difícil seguir e só as outras formigas foram ao seu encontro.

O Elefante demorou a perceber que a Formiga estava sumida. Só quando tudo silenciou, ele sentiu a falta de suas estórias.

O Elefante ficou a princípio preocupado, pensativo e percebeu que algo poderia ter acontecido com ela.

Ambos retornaram a sua vida nas savanas.

Mas só voltaram a se reencontrar do lado oposto da margem do riacho. Onde tinham muitas boas lembranças nas águas juntos.

Contam que se olharam ao longe e o Elefante bramiu, todos os animais escutaram. Mas não eram como antes, Elefante e Formiga agora, continuam amigos distantes.

Vislumbrando paisagens e passeando pelos mesmos lugares.

O sonho de suas vidas é viver em paz e correr pelo mundo,comendo e sonhando com o mar.

Vez por outra veem os dois sentados no lado oposto do Riacho.

Dizem que em noite estrelada se encontram através dos olhares fixos a lua cheia, porque ambos adoram admirá-la.

Mas Elefante, dá para chegar pra lá essa sua pata suave?

FIM

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 21/06/2010
Reeditado em 29/04/2014
Código do texto: T2332593
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