Além do Horizonte IV

Nãna-nina-não

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Ao irem para fora uma sombra de medo perpassou no semblante de Liily e Taric, pois tudo estava escuro como breu.

---Nossa! Quanto tempo ficamos lendo? Perguntou Taric.

---Mas ainda não pode ser noite. Respondeu Liily.

---Talvez tenhamos passado muito tempo lendo e...

---Não Taric, não esta percebendo, as estrelas não estão cantando...

---Tem razão e elas nunca deixaram de cantar.

Mas nesse dia as estrelas não cantaram, sequer apareceram para enfeitar o céu com suas luzes de pisca-pisca.

No dia seguinte tudo estava na mesma, se não pior. Liily olhava pela janela desconfiada, quando sua mãe com ares de preocupação mandou-a fechar a janela.

---Mamãe, vou até a casa do Taric.

---O que?? Nãna-nina-não!

---Mas mãe é que...

---Nãna-nina-não!!

Liily sabia que quando a mãe dizia nãna-nina-não, era não mesmo e não adiantava insistir, porém não fechou a janela ficou com o olhar perdido, fazendo mentalmente uma lista das coisas estranha que estavam acontecendo;

1° Todo esse peso do ar e hoje parece estar ainda mais pesado.

2° Ontem, a noite apareceu bem mais cedo do que deveria e as estrelas nem cantaram suas belas canções de ninar.

3° E hoje a mamãe disse nãna-nina-não duas vezes!! >>

*OBS: Esse texto possui áudio. Basta Lê-lo na seção de áudio.

sutini
Enviado por sutini em 02/06/2010
Reeditado em 02/06/2010
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