Dente de Leite

Era uma vez....

Em uma linda família que morava em uma casa mais linda ainda, porque nela habitava o amor na família. Que era composta de pai, mãe e três lindos filhos que era eles, Celina, Camila e Carlos. Celina era a mais velha, tinha sete anos, Camila quatro anos e Carlos era bebe ainda. Essa família era muito bonita porque em seu seio, havia muito amor. Dona Rita a mãe das crianças, cuidava de sua família com muito zelo e amor porque tinha um amor muito grande por todos. Senhor Benedito, o pai era muito amoroso com os filhos e a esposa. Trabalhava o dia todo e não via à hora do expediente do trabalho terminar para ir para casa para ficar junto com sua esposa e seus lindos filhos, poder abraçá-los, colocá-los no colo e contar lindas estórias a eles. Seu Benedito se sentia o homem mais feliz e abençoado deste mundo por ter uma família tão linda como tinha.

Dona Rita era uma esposa muito feliz também amava muito seu marido seus filhos e sua casa. Fazia de tudo para que seu lar fossem sempre feliz e cheio de harmonia, cuidava ela mesma de todos os afazeres da casa e de seus filhos, além de cuidar deles ainda gostava de cuidar do seu lindo jardim com muitas flores e pequeno pomar que tinha no quintal de casa. Ela trazia suas duas lindas filhas sempre muito bem arrumadas como duas lindas bonequinhas, fazia lindos vestidos com fitas e laços para elas além de calçá-las com meias e sapatos de verniz para que elas ficassem sempre lindas. Ela era o seu orgulho e é neste ponto que começa a estória de Celina.

Celina um dia estava brincando com sua irmã Camila de boneca no pequeno pomar em meio às árvores frutíferas quando sentiu que seu dente estava mole e saiu correndo e chorando para contar para a mãe que seu dente estava mole querendo cair, disse assim.

-Mãe estava brincando com a Camila quando senti meu dente mole querendo cair, ele está muito mole.

Chorava muito.

A mãe a colou no colo abraçou e a beijou e disse:

-Celina você já está com sete anos, está na hora de trocar esse dentinho bem pequeno e fraco que você tem, por um grande e forte. Vamos ter que arrancar este para que a fada do dente te dê outro. Vai ficar uma janelinha na sua boquinha por uns dias apenas. Deixa a mamãe ver?

Ela chora mais ainda e coloca a mão na boca e diz

-Não! Não vou deixar ninguém arrancar meu dente, vai doer e sair sangue. Não quero trocar nada com a fada do dente.

E não deixou mesmo.

Dona Rita como era muito sábia e vendo que a filha estava muito nervosa e chorando não quis insistir para não deixá-la ainda mais nervosa sabia que precisava agir com sabedoria com a filha.

À noite quando seu Benedito chegou do trabalho, dona Rita longe da filha conversou com o marido sobre o dente de Celina e pediu para ele ajudá-la a convencer a deixá-la arrancar o dente. Depois ele colocou Celina no colo conversou com a filha e pediu para ver o dente. Ela chorava e dizia.

-Pai não quer trocar meu dente. Quero esse que eu tenho, Por favor, pai diz pra mamãe não arrancar o meu dente.

Seu Benedito não podia ver os filhos chorando que sofria junto com eles, e vendo o desespero da Celina não teve mais coragem de insistir com ela. Quando se deitou disse para a esposa,

-Rita deixa por sua conta, você sabe como sou em relação às crianças, não agüentei ver o desespero da Celina para não arrancar o dente.

Dona Rita então disse ao marido,

-Vou conversar com ela, vou usar de todos os argumentos, mais se não tiver jeito vou ter que impor minha vontade, não pode deixar o dente dela se arrancar.

E todos os dias dona Rita conversava com a filha, tentar a fazer deixar arrancar o dente e Celina sempre chorando e dizendo não para a mãe e dizia.

-Mãe ele vai sarar vai ficar bom de novo.

A mãe dizia

-Celina minha filha, seu dente não está doente, chegou à hora de ele sair para dar lugar a outro dente bem mais bonito e forte.

E nada da filha deixar a mãe arrancar o dente. Quando dona Rita queria ver o dente dela, ela tampava a boca com a mão e chorava desesperadamente. Até que certo dia depois de passado quase um mês Celina veio correndo dizer à mãe

-Mãe! Meu dente está sarando ele está ficando duro de novo.

Dona Rita ficou apavorada e disse para a filha,

-Celina! Deixa-me ver filha.

Como o dente estava endurecendo de novo Celina em sua inocência de criança achou que ele estava sarando e deixou a mãe ver. No que dona Rita olhou o dente já estava descendo para dar lugar ao outro dente. Então ela pensou é agora ou nunca. Aproveitou que estava com a mão na boca filha e tentou arrancar o dente e quando Celina sentiu o que a mãe estava fazendo começou a chorar a espernear e a lutar com a mãe, fui uma luta sem igual. Onde dona Rita a deitou no chão, porque ela se debatia muito. Ela teve que segurar bem firme a Celina que se literalmente lutava com a mãe com todas suas forças de criança e dona Rita mesmo sofrendo com o desespero da filha não a solto a segurava ainda mais para poder retirar o dente. A vizinha dona Marta, uma senhora muito boa veio correndo ver o que estava acontecendo e quando viu aquela cena ficou de boca aberta e perguntou:

-Rita o que é isso?

-Dona Marta me ajuda a segurar a Celina preciso arrancar o dente dela porque está endurecendo não posso deixar minha filha ter duas carreiras de dentes.

Dona Marta então segurou os braços de Celina com carinho, pois a amava como avó. E mesmo assim fui muito difícil arrancar o dente de Celina. Que quando a mãe a soltou estava mole de tanto lutar para arrancar o dente.

À noite quando o pai a chegou foi chorando contar para o pai o que a mãe tinha feito. Ele ficou com o coração partido. Pegou a filha no colou a consolou e disse que iria tirar muitas fotos dela e a levá-la para tomar sorvete para que ela parasse de chorar. E levou mesmo. E tirou muitas fotos para o álbum de fotos da filha. Mas não pense que com isso Celina mudou e deixou a mãe arrancar os outros dentes quando ficavam mole todos foram arrancados com luta e com muita dificuldade porque a Celina era uma criança de personalidade. Mais a mãe só fez isso por amor porque não podia deixar a filha com duas carreiras de dentes feito tubarão e também porque na época desta estória na cidade que eles morava não existia dentista e nem aparelhos de dentes. E mesmo com os problema de arrancar os dentes de leite da Celina, que deixava os pais triste no dia, eles continuaram sendo uma família muito feliz.

Lucimar Alves