A Gorra mágica - final
Menina o nome disso é supertição...e você que eu saiba, ainda é tão tenra para crer nessas coisas, se é que devamos crer nelas...
Vovó, eu não quero nem saber, quero ir com minha gorrinha magica, para a rua, senão a senhora poderá morrer, como a dengosa Marocas, quero colocá-la.
Menina! teimosa, não tenho como providenciar sua gorra, ela está guardada na lavanderia, e manchada, vai ser lavada na sexta-feira, na semana que vem, segunda-feira, pela Joana, hoje ela está sujinha, para você colocar na cabeça.
Quero colocar assim mesmo, manchada e meio sujinha, não tem importância não!
Por favor vovó...tá bem, vou buscá-la.
A menininha ficou totalmente alegre, sabia em seu íntimo, que isso era algo muito real e necessário. A vovó voltou com a gorra, e a pequena colocou na cabecinha. E lá foram as duas às compras.
Quando chegaram no Armazém, a chuva apertou muito, e o frio estava bem gélido. A criança distraída, colocou sua gorrinha bem em cima de um balcão, ela tirou a gorra para colocar um capuz, e depois recolocar a gorra tida para ela como mágica.
Quando saíram do local, neta e avó, estavam felizes, de mãos dadas, e cheia de guloseimas que compraram primeiro na padaria, depois no Armazém, vinha um carro na contramão, que pegou ambas em cheio, a gorrinha mágica ficou bem sujinha e manchadinha sobre o último balcão que as duas amigas visitaram naquele último dia de vida de ambas, a menina tinha razão, deixando de usá-la....a maldição vinha sem dó.