A Joaninha
Era uma vez uma joaninha, que passeava tranquila sobre uma folha de couve. Ela voava por perto e ficou cansada e então resolveu parar por ali mesmo. Logo que pousou, avistou uma lagarta, que se fartava da folha tão verde. A joaninha nunca havia provado daquela planta, mas não estava com fome. Ela só queria mesmo descansar as asas um pouco, pois já havia voado muito, por vários bosques. Quando chegou perto, nem conseguiu falar, e o lagarto já foi logo gritando: - O que você está fazendo aqui? Não tem couve pra você não, é tudo meu. Sai já daqui.
A jaoninha se assustou, e mesmo sem querer couve, que aliás ela nem sabia que gosto tinha, endagou a lagarta: - Nossa, mas tem tanta couve ai, campos e campos dela. Você é tão pequena, não vai conseguir comer tudo. Ma a lagarta mais que depressa, empurrou a joaninha para fora da folha. Ela voou rápido, quase caiu, e chateada retomou seu caminho. Parou mais a diante, em outra parte da horta, proximo a um pé de brócolis. Sentou-se e começou a massagear as perninhas e as asas, tão cansadas de voar. Passados alguns minutos, ela se preparava para novamente seguir rumo ao jardim, quando ouviu algumas moscas conversando, enquanto voavam pela horta. - Bem feito para aquela lagarta egoísta, é bom pra ela aprender!
A joaninha preocupada interrogou-as: - O que houve, do que estão falando? Uma das moscas começou a falar as gargalhadas: - Aquela lagarta mesquinha que fica nos pés de couve, comeu tanto, mas tanto, que agora está passando mal. Pediu água, e ajuda, mas quem vai ajudar aquele egoísta? Eu tenho mais o que fazer. Quantas vezes ele nos espaventou pra proteger aquela couve, agora, que coma tudo!
A joaninha estava cansada, mas ficou com muita pena da pobre lagarta. Tudo bem que ela havia magoado muito a pequenina joaninha, mas precisar de ajuda e ficar sozinha. Resolveu então voltar, e tentar ajudar.
Quando chegou, a lagarta se assustou: - Você aqui? o que quer? Aposto que veio se aproveitar que estou passando mal pra comer toda a minha couve! - Deixe de ser tolo! - disse a joaninha impaciente. - O que houve, o que você está sentindo?
-Nem sei! É como se meu estômago fosse estourar! Acho que fiquei com tanto medo de comerem minha couve que acabei exagerando na dose, e comi demais...
A joaninha sentiu pena daquela pobre lagarta! - De que vale lagartinha, tanta couve e ter que comer sozinha, até passar mal?
Não seria Melhor ter com quem dividir? Se faltar couve a gente vai junto pra outra horta? venha, vou te dar um remédio para ajudar na digestão.
A lagarta acompanhou a joaninha adimirada. Pensava: eu a tratei tão mal, porque ela ainda cuida de mim. - Joaninha, porque não seguiu seu caminho, e me deixou aqui? Você já poderia estar chegando no jardim!
A joaninha pensou um pouco e respondeu: - E ficar sem provar o gosto da couve? Sim, que pra uma lagartinha quase morrer de comer, deve ser muito bom!
A joaninha sorriu, e naquele momento a lagarta entendeu, que independente do que os outros insetos dissessem, ou do que a lagarta tinha feito, a joaninha era boa, e nada mudaria isso. Mesmo que joaninhas nem comam couve...
Foi só uma experiência, nunca escrevi contos infantis. Vamos treinar mais um pouco, o próximo será melhor.