Julieta, a Hamster amada da minha filha amada... 

                                        A imagem acima é do arquivo pessoal.



NÃO É RATO, MAMÃE!


Ela não largava a pobrezinha da hamster em paz. Estava sempre com o bichinho na mão sob protestos enérgicos da mãe:

- Larga desse rato! Esse bichinho é frágil, morre fácil, além do mais tem hábito noturno, por isso de dia ele dorme... Ponha-o de volta em sua casinha para descansar, menina...

- Não é rato, mamãe! É hamster... – Consertou a divertida menina.

- Ah, para mim é tudo igual... São todos roedores! – Disse a mãe.

De tanto que a mãe via a menina dar banho, de colocar o hamster dentro do casaco ou na bolsinha do celular, de vesti-lo com a roupinha da bonequinha Maçãzinha, na absurda tentativa de levá-lo clandestinamente na mochila para o colégio, que ficou imaginando o que diria o pobre do bichinho se pudesse falar, nem que fosse um minuto:

- Kate, se esse bicho falasse, você iria saber a opinão dele, se gosta de que o vista com essas roupas de boneca... Ele haveria de dizer:

“- Puxa vida, garota... Como você é chata! Não me deixa descansar um minuto sequer e nem respeita meus horários! Não vê que estou cheia de olheiras e estressada de tanto que você mexe comigo? Vê se dá um tempo e me erra um pouco!”

A menina deu uma gargalhada demorada, olhou para a hamster e disse, na sua simplicidade pueril, alheia às imaginações da mãe:

- Ainda bem, minha hamster lindinha, que você não fala!
 

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