VAZIO DA ESCURIDÃO

O LIVRO

 

Ela passeava pelos corredores sombrios do antigo castelo, as velas tremulavam com o vento gelado que entrava pelas janelas quebradas. Seus passos ecoavam no silêncio sepulcral, o medo se misturava com a excitação de explorar aquele local abandonado. 

 

O coração da jovem batia descompassado, a respiração presa na garganta. A sombra era real, disso ela tinha certeza. Um calafrio percorreu sua espinha enquanto ela se aproximava lentamente do espelho, o olhar fixo na imagem refletida. A sombra se moveu novamente, desta vez mais perto, como se estivesse a observá-la.

 

Com um grito sufocado, a jovem quebrou o espelho com um golpe de sua mão. Cacos de vidro caíram ao chão, distorcendo a imagem do castelo e da própria jovem. 

 

De repente, um som ecoou pelos corredores: o toque de um sino antigo. Era um som melancólico e fantasmagórico, que parecia vir das profundezas do castelo. A jovem se virou, hipnotizada pelo som, e viu que a sombra havia desaparecido.

Ela seguiu o som do sino até chegar a uma grande sala circular. No centro da sala, havia um altar de pedra, e sobre ele, um livro antigo aberto. O sino tocava sozinho, emanando uma luz fraca que iluminava a sala.

 

A jovem se torna a nova guardiã do castelo, protegendo o mundo do mal que reside dentro dele. Ela se afastou, tropeçando nos escombros, aterrorizada pela sombra que parecia se aproximar cada vez mais. De repente, a sala ficou escura e o sino parou de tocar e ela descobre que a sombra era sua própria alma perdida e que o livro era a chave para sua redenção.

Lucas Louis Grauthier
Enviado por Lucas Louis Grauthier em 02/06/2024
Código do texto: T8076814
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