O cálice da Vampira
Quem deseja ver a mulher vampira? Numa realidade encantada, ela pairava na noite, com seu olhar sombrio e sua sede inesgotável de sangue.
Dorath que tens no peito? Donde vem está sua dor? A vida eterna não lhe trás felicidade? Ela era uma vampira envolta em um véu de melancolia, caminhava pela noite eterna com o peso da solidão em seu coração imortal. Apesar de sua beleza sobrenatural e poderes sombrios, vagava pelos séculos como uma alma perdida em um mar de escuridão, consumida pela dor de estar eternamente sozinha.
A vida sem fim, longe de trazer alegria, era uma carga insuportável para Dorath. Enquanto o mundo ao seu redor mudava, ela permanecia presa em um ciclo interminável de solidão e desespero, incapaz de encontrar conexão verdadeira com qualquer ser mortal. Os amantes que ela abraçava com paixão logo sucumbiam ao passar do tempo, deixando-a sozinha mais uma vez, com o eco de suas memórias como companhia.
Cada noite era uma tortura, pois ela contemplava a vastidão do tempo estendendo-se diante dela, sem fim à vista. A imortalidade que uma vez desejara agora era uma prisão dourada, onde cada momento era uma lembrança cruel de sua condição solitária.
Apesar de sua força e poder, era frágil em sua tristeza, ansiando desesperadamente por uma fuga dessa existência eterna de isolamento. Seu coração vampírico sangrava de solidão, enquanto ela procurava desesperadamente por uma alma corajosa o suficiente para compartilhar sua eternidade, para dissipar as sombras que envolviam seu ser e trazer um raio de luz para sua escuridão.
E assim a vampira solitária, continuava sua jornada pela noite interminável, carregando consigo a dor da vida eterna e a esperança frágil de que um dia, em algum lugar além das sombras, ela encontraria a redenção que tanto buscava.