Senhor Castro.
Cabelos grisalhos, olhos cor do oceano, sorriso dócil. Castro, ou Senhor Castro, como gostava de ser chamado, era um bom homem, a vista de seus vizinhos. Mas, apesar das aparências constatarem que ele era apenas um velhinho simpático, o seu histórico de mentiras e crueldades eram enormes e cabeludos. Geralmente, atraia suas vítimas com desculpas de que não conseguia arrumar algo em sua casa, sempre falava que era sua torneira da cozinha. Todos, sem ao menos imaginar, que entrar naquela casa, era sinal de que jamais sairá. Seu horário favorito era as três horas da tarde, tempo de pouco movimento e de muito silêncio. Após torturar e estrangular suas vítimas, guardava as suas carnes para se alimentar, sempre gostou de guardar lembranças, sua antiga esposa que o diga, ainda tem os dentes guardados na terceira gaveta do seu guarda-roupa. Sua risada tenebrosa mal imaginará que existe alguém o procurando por vingança. Tony, era um gentil agricultor, que por coincidência, teve seus pais mortos por alguém desumano. Com seus planos bem pensados, calculou se aproximar aos poucos, alguns dias levando uma xícara de café, cumprimentando ao passar, parando para conversar. O maldoso senhor, que já planejava a sua próxima vítima, mal sabia, que o bondoso homem já estava ciente de suas intenções. Ansioso para suprir seu sentimento vingativo, se direcionou para a casa do senhor, fingindo ter deixado algo cair em frente, puxou uma pequena conversa e logo foi convidado a entrar. Ao perceber que iria levar uma paulada na cabeça, reverteu a situação, derrubando em um golpe, o homem ao chão. Ao acordar, Castro não entendeu em que lugar estava, mas sentiu seus pulsos presos e seus pés doloridos. Em frente a ele, Tony andou de um lado para o outro, contando toda a sua história e explicando o porque tudo aquilo estava acontecendo. Castro riu, mostrou-se feliz pelo o que fez, o que enfureceu o homem, que logo preparou sua máquina. A famosa máquina de triturar, em tamanho maior. Perfeitamente criada para ele. O primeiro lugar que ele aproximou a máquina, foram as mãos de Castro.
— foram com essas mãos ridículas, que tu matastes meu pai. — aproximou seus dedos. — sinta na pele, os gritos de meu pai. — e assim, ouviu os ossos se quebrando, o sangue espirrando, e o maior grito já escutado. Por sorte, o local que estavam era completamente deserto. Como eu já disse, um plano excelentemente planejado.
— achastes mesmo que essa tortura vai me fazer sentir as dores dos teus pais? — gargalhou alto. — querido, eu que já torturei tantas pessoas, sinto prazer na dor, não
percebestes? — arqueou a sobrancelha, incrédulo.
— senhor Castro, tu que és um amargo homem, de hipocrisia imensa, não deveria em uma idade tão avançada, enganar a si mesmo. — andou dois passos, posicionando a outra mão.
— triturar minhas mãos, jamais fará com que eu pare de me divertir matando pessoas, sou inteligente o suficiente para planejar milhões de técnicas. — sorriu de ponta a ponta. Assustador.
— e quem disse que você saíra daqui vivo? — agora, foi sua vez de gargalhar alto, debochando da cara assustada que ele fez. — você pensava que após tudo o que fez, existiria a hipótese que eu deixastes tu sair daqui com vida? — ligou a máquina, ouvindo novamente, o quebra de ossos e o sangue manchando toda a sua roupa.
— seu idiota, me tire logo daqui. — tentou se mexer, mas sem nenhum sucesso, seu corpo já estava sem forças.
— você vai sentir, todos os gritos e todas as dores que causou. — posicionou seus pés, os dois de uma só vez. — eu vou te fazer ir até o inferno, antes mesmo de morrer.