Interminável
Para quem não tem prazer na vida
O único prazer é jogar
Na torpeza de tentar ganhar a partida é que se afunda mais um pouco.
Vislumbra-se dentro do peito exposto
As sombras de um corpo morto
Do espelho reflexo do vago e do raso
Do pouco profundo
Da superfície a máscara do queria
Ou do que finge ter, ser ou querer
A cada nota fala a sensação de que “ já ouvi isso antes…”
Nada impressionante
Da perspectiva o esquecível
Perecível insustentável intragável
Da alma a plenitude do nada
O passivo contentamento
Fingimento
Do momento descontentamento
Na alma sem máscara, um auto ódio profundo
Mergulha-se
Mata e morre
Repete:
Non credere, experiri, experiri erit, interfectus est ab esse et nihil permanere vivet.
Para quem não tem prazer na vida o único desejo é desaparecer...