Se a vida fosse triste

Sentada na cama, eu me sentia tão só. Naquele quarto sem cor, havia um espelho antigo, onde me via contemplando minha pura beleza. Meu cabelo preto longo como as trevas, meus olhos azuis como o mar, minha pele branca como a neve. Vestia um vestido preto longo, que chegava aos meus pés descalços naquele chão frio de inverno.

Olhava para a janela ao lado aberta, onde se via o céu num tom cinzento prestes a chorar, a neve caindo de fininho preguiçosamente cobrindo as copas das árvores e casas. Pessoas andavam lentamente nas ruas, sem cor, sem sentido, como em um filme preto e branco como se a preocupação delas fossem a última coisa.

Milla Christie Lacerda de Souza
Enviado por Milla Christie Lacerda de Souza em 30/01/2018
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