A FONTE ato10

A FONTE ato 10

O que eram as larvas negras queimando

romperam o sinal do caminho servil

agora ele está no comando

o caótico ganhou a nova vida

ele veio reivindicar seu lugar de origem

ele quer a vida não quer nada da alma

a alma está conhecida

quer saber o quanto a vida vale

ao pequeno mortal vivendo no "sal"

diante da morte quase vinda

a morte bem vinda diante da dor

que parte seus olhos os guias

pra traz pra frente olhe o céu de terra

tem vagalumes brilhando

ele vem vindo não está sorrindo

não há dentes cerrado nem nervos

dissipando na pela tatuada de vermes

ele lança os vermes nos lábios dele

o que sente da fraqueza dela diante

do que foi depois dissolvido

o que mente pra ela que esquece

o que sente agora na própria carne

ainda que tua carne esteja viva

amontoa as porções de raiva de rancor

na frente da memória dela caindo

traz o menino nos braços como

presente de algum dos Deuses divinos

é pueril devasso ainda gozou

quando na terra ela caiu

eu vi o sangue dela vertendo

era doce era tenro tinha amor

me feriu na pele o amor era pleno

o veneno das hordas do vingador celeste

estava contido nela tinha medo

por isso feriu teu segredo com violência

os vermes são cuspidos e voltam

estão sufocando sua garganta

deverá ir ao fundo do fosso

onde desce a água

onde verte a água onde a água

está cristalina sem gosto

mas ele não sabe porque

sente a sede do inferno por dentro

precisa do desespero apagado

se debate violento está arrastando

seu invólucro pela lama

aquela mulher eu a vejo partindo

as feridas cicatrizam

está lembrado do primeiro degrau

está lembrado das iniciais que

parecia ter visto no degrau

que mau possuia pelo escuro

pelo carrasco indolente que enviei

de volta ao inferno

por querer devorar minha presa

ele procura a água que brilha ao fundo

oferecendo outra imagem

no alto das paredes de rochas vermelhas

derretendo pelos lados

vão encontrando seus passos

não ouviu Ele falando sobre o

primeiro vestígio do caminho para

a ponte?

MÚSICA DE LEITURA: Ufomammut - hozzomem