O MEU EU

" Quando assim eu vinha vindo, sob meu domo descansavam os castiçais

vinha vindo na penumbra, uma representação grotesca, de teus próprios ancestrais.

Deparei-me com este monstro de medos carnais, cuja teu rosto descreve o pior das profundas.

Indaguei o que saia dos calafrios: Quem és? Porque és tão banais? E saia dele uma respiração profunda.

Uma tremura que agora espreita, rasga qualquer palavra que me deseja

Apenas me olha com desejos fatais, esperto fico esperando o que planeja

Se afasta como quem é chamado, acompanho de curiosidade leais.

Vou-me então cansado com forte feição, sem entender por ser incapaz

Deito-me em meu domo onde convenhais, despejo este corpo morto.

Voltei assim que me chamais. Sozinho estou, e prefiro assim, pois não traiais, caso contrário aos que em mim cortejam, esperam apenas por seus funerais."