MEU RECANTO

Em meu recanto de sofrimento, eu pude ver! Ver o futuro, futuro onde nada existia e existia o nada eternamente. Aonde foram os humanos? Aonde foram os animais? Aonde foram as plantas?

Em meu refugio de solidão, eu pude ver o meu presente, quando irão embora os humanos? Quando irão embora os animais? Quando irão embora as plantas?

Cá estou eu, em meu quarto, sozinho... Ouvindo os fantasmas do futuro e presente, me atormentando e me torturando com risadas e mais risadas malignas. Onde poderei ir para me livrar desse sentimento?

Desistir da vida seria um caminho fácil; um caminho ao qual nunca desejei um dia percorrer; vamos todos correr para o fim do mundo, eu levarei meu fantasma comigo, você poderia levar os seus junto ao meu.

Estou olhando pela janela do quarto, ouvindo os fantasmas do meu passado, um dia poderei ter meu perdão? Meus crimes são simples comparados ao Homem que desejou voar em direção ao sol.

Cá estou eu, cortando meu próprio pulso, a sensação não poderia ser agradável? Pude assistir meus ventos soprarem em direção opostas! Qual o sentindo de tudo isso? Aonde irei agora? Olhei demais para o céu a procura de um milagre, mas o milagre era somente Eu.

Eu posso ouvir agora com mais clareza o que os fantasmas do meu quarto me dizem! São palavras simples que eu mesmo deveria ter ouvido em vida... Antes do meu fim. Palavras tais como:

- Não desista de si mesmo; Somos seus anjos.

L P Santos
Enviado por L P Santos em 02/06/2015
Reeditado em 14/06/2018
Código do texto: T5263935
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