O Lobisomem
O coração da fera pulsa com o brilho do luar, em suas veias corre o sangue de um assassino feroz.
Suas patas deixam no chão marcas enormes, e seus dentes são como lanças pontiagudas.
O seu pelo é mais escuro que a própria noite.
Respiração ofegante. Olhos fixos para frente procurando alguma presa para saciar sua fome.
O monstro caminha pelas vielas da cidade. Sente no ar o cheiro de milhares de pessoas, enquanto derrama saliva pelos lábios. O estômago ronca.
Um uivo ecoa na madrugada gelada, mais terrível que o rugido de um leão.
E um grito desesperado de uma pessoa surge logo em seguida.
A lua se entristece, pois sabe a culpa que tem.