Penumbra

A Penumbra que a envolveu foi suficiente para conter seus passos. Fazia frio naquela caverna. Já não sabia distinguir rocha de água gelada. Sua pele tão desprovida de calor suplicava redenção. Amor, já não se lembrava mais de suas quentes sensações. Cedeu, os joelhos não suportavam seu corpo que trepidava. A fome devorava-lhe desesperada e sua entidade suplicava alguém. Qualquer alguém. Um único alguém. Mas, ninguém veio.

Tentou andar, caiu..., respirar, sufocou..., acalmar-se, tremeu ainda mais..., pensar, e a Penumbra veio... E assim vagou.

Vagou e vagou e vagou.

Mas, derrepente parou. Ele não sabe quando parou, mas parou. E a Penumbra dominou a tudo e a todos ali.

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E aquele foi o ultimo dia em que seu tumulo foi visitado. Alguém dissera a mulher chorosa que os mortos não precisavam de visitas mas, de descanso. Sendo assim, ela saia do cemitério desconsolada, com um olhar triste e brilhante, deixando por sobre a lapide, as ultimas flores a coroá-la.