Ninguém descansa de verdade até estar morto
Me perco,quando tento te encontrar,
saber mais de nós dois é um exercicío
que não me cansa
Vou a enterros de estranhos,choro por quem eu nunca vi.
Partes de mim,ficam naqueles lugares,cheios de flores e
lágrimas.Ali aprendi que abraços vazios não preenchem a solidão,
mas confortam a alma de quem ficou pra trás.
Não costumo chorar,nem quando era criança,chorava,mas nesses enterros choro,sei lá,deve ser porque é o fim de alguém,de alguma coisa,de um último,sei lá.
Não abraço ninguém,fico ali,perto do morto,encarando-o,
tentando entender como viveu,para quem viveu,as vezes
parece que o morto quer fazer essas perguntas pra mim,sinto que
me olha confuso,mesmo distante,quer saber porque escolho
ver a morte nas pessoas.
Nesse meu faz de conta só existe verdade,a morte está cheia de mentiras ninguém descansa,todos se pudessem estariam vivos,viveriam mais de cem anos,pra que uma vida após outra vida,se queremos está aqui,queremos lutar por está,aqui estão as pessoas que amamos,o que é importante.
Depois que comecei ir a enterros de pessoas que não conheço,passei a por ponto final nos meus textos.
"queria que ela gostasse da morte como eu,mas que não queresse ir comigo,detesto garotas que pegam no pé"