A bailarina e o vazio
Eu a vi rodopiar, pelo ar, ela estava usando vestido fino branco, quase transparente seus cabelos eram como nuvens negras, e suas lagrimas chuva que caia de tal tempestade, ela estava triste ela era uma bailarina em seu ultimo ato era, uma bailarina dançando em pleno ar, eu a vi rodopiando sobre os holofotes das estrelas.
Eu a vi dançar sobre o céu de minha insônia, tudo rodopiava sobre seus olhos, tudo era um carrossel sobre seu rosto, ela era linda, ela era bela. Uma flor nascida no inferno, como poderia tão delicada rosa crescer no inferno, ela tinha 16 anos era uma flor tocada por mãos indignas, ela não aguentou a realidade, e correu sobre as escadas do mais auto edifício até a mais alta cobertura, no seu mais alto sofrimento. E com um simples passo para o vazio ela rodopiou para baixo, carregando na cabeça o peso maior que a do impacto.
Ela dançou no ar, e tudo por um momento era tão leve, tão sem obstáculos, por um momento aquela menina sentiu um cheiro de liberdade, por um momento com suas vestes brancas se sentiu uma pena. Mais caiu como uma pedra sobre o asfalto, e ó Meu Deus como aquela brancura rapidamente ficou vermelha.