O Fim de Um Amor Eterno

Seu nome era Liza, vivia numa cidade cheia de vida, natureza. Como amava as montanhas! Sempre subia a montanha mais alta para de certo modo falar cara a cara com seu anjo da guarda. Ela sempre pedia à ele para enviar-lhe um grande amor. Alguém para preencher seu coração.

Fazia súplicas, promessas ao anjo. De certa forma, em sonhos, seu anjo da guarda falava que lhe enviaria um homem, com afeição de anjo, olhos da cor do céu com brilho de estrelas e uma voz tão doce e suave como a brisa do mar para suprir este sentimento. Mas o anjo queria em troca sua fiel devoção e que Liza prometesse que nunca deixaria de amá-lo, em qualquer circunstância.

Liza, já apaixonada e ansiosa por conhecê-lo prometeu...

Ela sempre ia à mesma montanha, sentava-se na mesma árvore, desde o entardecer até o céu ficar totalmente absolto em escuridão, até que um dia, indo para a montanha, avistou um belo e jovem rapaz, que já havia sido apresentado à ela em sonho, por seu anjo da guarda. O jovem era de uma beleza estranhamente bela. Seus olhos refletiam o azul do céu e era mais brilhante do que a mais bela estrela; sua pele era branca e macia como a mais inocente nuvem; seus lábios tinham um contorno como os serpenteados rios mais puros que se possa sonhar; seus cabelos longos e castanhos como as mais simples e belas colinas...

Liza então ficou com medo dele achá-la indigna de seu amor, então ficou o observando dia pós dia, se escondendo por detrás de uma árvore, até que um dia ela se sentiu nas nuvens, pois aquele belo ser se pôs a cantar uma bela canção, tão suave como uma brisa de verão.

Passaram-se dias, semanas, meses, até Liza tomar coragem para falar com ele.

Conversando com o belo ser, ela tinha certeza de que o amava. Seu nome era David, e os dois tinham muitos gostos em comum, e até se arriscavam em ensaiar duetos magníficos. A voz de Liza era linda, mas um dia sua bela voz estremeceu e cessou. O amado David havia se encantado por uma jovem mais provida de beleza exterior do que Liza, e esta sedutora jovem fisgou o inocente coração de David...

Liza se magoou muito, já havia tempo que falara com seu anjo da guarda, mas ela queria ver seu amado feliz.

Foi quando ela tentou por vários anos esquecê-lo, o tendo apenas como amigo, pois ele já tinha a liberdade de chamá-la de irmã. "Isso é uma coisa boa", pensou ela, mas não conseguia esquecê-lo como verdadeiro amor. Ela se martirizava com a notícia de que a dama e David haviam se separado, e ele não pensava na hipótese dos dois juntos. Liza merecia uma chance, pois fazia todos os seus gostos e caprichos.

Não aguentando mais essa dor, ela subiu a montanha e perguntou ao seu anjo como poderia esquecê-lo e apenas retribuir esta amizade sem quaisquer segundas intenções. Foi quando veio de súbito as palavras que seu protetor lhe disse no sonho, e a promessa de nunca deixar de amar o homem imposto por seu anjo, fez Liza se jogar da montanha, mas sua alma será eternamente condenada por este inexplicável e trágico amor eterno...

Este conto é fruto de um primeiro amor já superado, mas mesmo assim, Primeiro Amor.

Pammy Potter
Enviado por Pammy Potter em 15/01/2013
Código do texto: T4086902
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