Carmilla

Carmilla ouça a sinfonia,

Teu corpo balouça lânguida,

Tua voz a tímida melodia,

Da sua nudez assim cândida!

E vejo os seios intumescidos,

Vibram de volúpia e prazer,

Junto aos cabelos enegrecidos,

Gemem em histérico gemer

Passeio minhas mãos macias,

Sorvo ao teu seio o elixir,

Entre nossas línguas tão macias,

Vejo-te bela ao sorrir!

Desde que a noite vinha,

Com o corpo em divina nudez,

Tua existência era minha,

Dentro desta vaporosa palidez

Quando a noite tocava-me o seio

Entre sua débil e santa carícia,

Senti na alma brotar-se o enleio

Junto ao meu olhar de malícia!

Quantos anos nossos segredos,

Uniram-me ao amor,

Devotando-te amores e medos,

Para ti pequena flor!

Mesmo que tua imortalidade,

Seja a lágrima que transpira,

Resta-me a página de saudade!

A vós minha amante vampira!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 15/09/2012
Código do texto: T3883483
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