O vinho é o meu sangue, o pão minha carne
“Brindemos e bebamos... o sangue de mais este humano... que nos fortalecerá a alma.
Num cálice sagrado ostento o símbolo de meu ódio. Estamos aqui, nossa frágil vítima... nossa ESCRAVA!
Você sofre... e isso nos excita!”
O padre desperta, atordoado. Sem entender direito o que aconteceu.
Minutos atrás ele tinha sido atacado por um vampiro, e num ato de desespero ergueu sua cruz contra a criatura, que gritou em agonia. Consumindo-se em chamas, o vampiro veio a se tornar apenas cinzas minutos depois.
Mas o vampiro não estava sozinho...
O padre mais uma vez recorreu à cruz e palavras da bíblia, viu sua igreja sendo invadida por vampiros. Eles o queriam...
“Minutos atrás, você estava ostentando uma cruz em minha direção. Isso queima... E dói demais.
Sei que você me ouve...”.
O padre olha em sua direção, e grita um não desesperado com a revelação de sua derrota.
Vários dentes perfurando seu corpo. Num ritual macabro para que ele nada pudesse fazer. Resistir foi inútil.
Os vampiros agora se afastavam, o ritual estava feito.
O padre tenta agarrar a criatura, inutilmente. Ela escapa de suas mãos como fumaça. E para seu desespero, o ser consegue penetrar em seu corpo, numa despedida estranha enquanto vira seu rosto para o padre, demonstrando um sorriso sombrio e maquiavélico.
No altar, ele ergue a taça cheia de sangue. Tem-se início o festim diabólico no altar da igreja. Uma pessoa inocente está sendo sacrificada.
E de onde está, o padre só pode lamentar sua batalha perdida.
Testemunhando do mundo dos mortos os mortos que brindam à vida.