La Belle Et La Bête parte II
O Mecador permaneceu em pé no meio do jardim,o
despresivel homem havia voltado para dentro do enorme e antigo casarão,na
verdade era uma abadia sombria de pedras,e ele permanecia ali,inerte, as
ameaças ainda reçoavam em seus ouvidos... “Sua filha mais nova,a musicista,sua
rosa mais jovem... ....até o amanhecer de amanhã velho Mercador,até a alvorada
você deve entregar-la a mim,aqui mesmo nesse jardim.E se não o fizer, sabe
muito bem o que eu posso fazer.Eu mesmo vou buscar minha rosa e destruo as
outras duas,juntamente com o pai.... ....Sabe que falo sério...”
O que ele iria fazer?Aquele homem falava sério.Já tinha
ouvido boatos sobre ele, que era um
homem de muitas posses,recluso e temido, além de estudar supostamente algumas
artes proibidas,ou seja,não era um homem com quem podia se brincar.
O Mercador deu alguns passos, adentrando no bosque,caminhando
dentre as arvores totalmente distraido,em sua mente reçoavam as ameaças,seus
olhos distântes, pensando em como poderia escapar do que havia acontecido
ali,como proteger todas.Mas nada lhe chegava.Nenhuma possivel solução.Nada.
Chegou até onde havia deixado seus cavalos,e
automaticamente cavalgou até sua casa, há uma milha e meia dali. Pela
estradinha que havia partido,avançou, vislumbrando de longe sua casa,as janelas
iluminadas naquela noite fatidica.
Logo que ouviram os latidos dos cães,olharam pela janela
e viram o pai que acabava de retornar de mais uma de suas viajens.As três
filhas correram para fora de casa,ao encontro do pai.
O Mercador assistiu a cena,suas três rosas felizes e
sorridentes por sua volta. Sentiu um aperto no peito.Sua sábia Jude, a
esperituosa Marianne, e sua preciosa Isabela.Não poderia abrir mão dela,não,de
nenhuma delas.
–O que foi pai?-perguntou Isabela notando a preocupação
do pai.
–Nada minha filha,nada-respondeu ele acariciando o rosto
da filha mais jovem.
–Vamos pai-disse Marianne o puxando pela mão-Vamos
entrar,deve estar cansado.
O velho assentiu, e os quatro entraram na casa, as fihas
alegres pela volta do pai.
–Mary-disse Jude a uma mulher que trabahava na casa,era
uma especie de governanta quando ela a encontrou na ante-sala-guarde o cavalo
no estabolo e o alimente,depois traga os pertences de meu pai.
–Sim,senhora-falou Mary,uma mulher extremamente baixa e
loira.
O pai havia retorna quando exatamente na hora da
ceia.Eles seguiram direto para a sala de jantar,que naquela noite o assento na
cabeceira da mesa seria novamente ocupado pelo patriarca.O pai sentou-se ali,e
logo uma criada,uma menina magra e igualmente loira como Mary começou a servir
a ceia.
–Como foi sua viagem,pai?-perguntou Isabela em certo
ponto do jantar ao pai,o despertando de seus pensamentos.
–Hm..O que disse minha filha?-perguntou o Mercador.
–Isabela perguntou como foi sua viagem.O senhor está tão
quieto pai.Aconteceu alguma coisa?- disse a do meio,Marianne.
O pai,já entrando em desespero,contou as filhas o que
havia acontecido.Contou sobre os presentes,a procura pelo anel de pedra azul,a
rosa,o odioso homem,suas rosa,e que ele havia pedido um tesouro em troca da
rosa apanhada.Mas o homem não falou o que o tesouro era uma das filhas.
–E o que ele pediu em troca,pai?-indagou Isabela.
–Uma rosa de meu jardim,tão bela e especial quanto a que
eu colhi do seu.-respondeu o homem passando as mãos pelos ralos cabelos
ruivos-Uma de vocês.
–O que?-exclamaram as três.
–Pediu uma das minhas filhas.Me ameaçou.Se não entregar
até o amanhecer de amanhã o que ele quer,disse que destruirá a mim,e a tudo que
eu possuo,inclusive minhas outras rosas.
As três olhavam chocadas quando o pai terminou a
narrativa. Pela face de Jude corriam algumas lágrimas silenciosas,Marianne
soltava exclamações de indignação.Isabela permanceia em silencio,parecia
pensativa.
–Qual de nós ele quer?-perguntou ela.
–A musicista, a mais jovem.Você minha Isabela-o pai
começou a chorar-Ele parece saber muito sobre vocês-sussurrou-Deve ter
planejado isso...Eu não vou entregar ninguém e ele!
–Mas...-disse Marianne-como ele poderia nos destruir?
–Eu não sei minha filha,mas não irei entregar Isabela a
aquele monstro.
Nesse momento,em meio a preocupação visivel nos olhos do
pai e das irmãs,Bela sentiu-se culpada.Aquilo havia sido culpa dela por desejar
o anel com pedra azul.Se não fosse por seu pedido,o pai nunca haveria de ter
parado naquela propriedade e nunca colheria a rosa azul para lhe trazer de
presente.Pedido idiota o seu,Marianne tinha razão.
Naquela noite ninguém dormiu.
O Mercador estava resoluto em não entregar nenhuma das filhas.
Não, não sederia as ameaças.
A noite foi morrendo, o sol logo despontaria no
horizonte. O prazo dado ao Mercador acabaria, e o odioso homem da rosa azul
poderia cumprir suas ameaças. E ele veio. Adentrou pela propriedade do
Mercador, e seguiu em direção a porta. Os cães começaram a latir,mas cessaram
imediatamente quando a Fera lançou um olhar para a direção dos caninos.
Ele,odioso e com um sorriso confiante nos
lábios-afinal,ele sabiia que o Mercador não lhe entregaria a fiha assim,ele
teria que buscar-la- que beiravam quase o divertimento dirigiu-se até a porta e
bateu.
Não demorou muito e Mary atendeu a porta.Tomou um susto
ao abrir-la.Um homem alto e de ombros largos estava esperando,em pé,com uma
expressão divertida no rosto.O que a assustou foi sua aparência, não
absurdamente horrenda,mas a sensação que olhar para aquele homem lhe
causava.Sua palidez não natural,os olhos estranhamente negros com formato que
lembrava os de um lobo e seu sorriso diabolico,é claro.Estar diante dele
despertava um instindo ancestral que lhe gritava para correr dali o mais rápido
possivel.
–O que deseja?-perguntou ela contendo o tal instinto.
–Ver o Mercador.Diga-lhe que seu amigo quer ver-lo,ele
ficou de me entregar um rosa-ele sorriu e Mary voltou para dentro da casa.
Em menos de um minuto o Mercador saiu pela porta,juntando
a coragem que não possuia,grandando a todo peito blasfemias contra a Fera.
–Não adianta senhor-falou o homem calmante-Não vou sair
daqui sem minha rosa prometida.De uma meneira ou outra,irei levar o que vim
buscar.Você é quem escolhe se será da maneira civilizada ou não.
–Não irei lhe entregar nada-disse o Mercador.
–Vai.-sorrindo,o homem disse.-Tenho argumentos-e nesse
momento o estábulo encheu-se de chamas,as quais o engolia.
Ouvia-se em alto e bom som o crepitar do fogo,queimando
tudo o que estava no estábulo.Os cães latiam como nunca,e as três rosas do
Mercador sairam da casa, desobedecendo seu pai que havia dito para não sairem
enquanto ele resolvia aquele assunto de uma vez por todas.
–Pai,o que aconteceu?-perguntou Bela olhando para o
pai,para o estábulo e depois para o homem estranho parado ali.
Ele não respondeu,apenas olhava para as chamas e depois
para o homem.
–A próxima pode ser sua casa,velho-disse o odioso.-Ou então
esses cães infernais,ou então uma rosa.
–Saia daqui!-gritou o Mercador.
–Saio.Após receber minha rosa.
–Nunca!-brandou o velho mercador,cansado,o coração
palpitando contra o peito.
–Está bem,foi você quem pediu-disse ele se aproximando de
Jude.
A mais velha permaneceu estatica, olhando assustada ao
homem que se aproximava.O que faria com ela?
–Pare-disse Bela-Você quer a mim.Leve-me então.
Continua....