La Belle Et La Bête parte I

Em um pequenino viralejo vivia um mercador e suas três filhas: a mais velha,Jude,a

do meio Marianne e a caçula,a jovem Isabella.

Como era de costume, o mercador saía de

viajem em uma manhã de terça-feira,deixando suas três filhas queridas sós,mas

como também era de seu costume,ele perguntou para as filhas o que queriam que

ele trouxesse de presente de sua viajem.

A mais velha, Jude,perdiu um cordão de ouro

para adornar o pescoço.A do meio,Marianne pediu dois metros de um tecido fino e

caro,borbado a ouro,para que com ele pudesse fazer um vestido que seria

invejado por todas as mulheres do vilarejo.E a mais jovem das três,Isabela,ou

apenas Bela,como as irmãs lhe chamavam,pediu um anel com uma brilhante pedra

azul escura,tão escura como o céu a noite e tão brilhante como as estrelas.

O pai,antes de sair para mais uma

viajem,prometeu trazer os presentes que as suas três queridas filhas pediram. O

mercador subiu em seu cavalo e partiu,desaparecendo por uma estradinha que

levava a Paris.

–Um anel com uma pedra azul como o céu

noturno e tão brilhante como as estrelas?-virou-se a do meio para a irmã mais

nova,Bela como um tom desdenhoso.

–Sim,quero um anel assim-respondeu Isabela

dando os ombros-Melhor do que metros de tecidos...Sempre poderá encontrar outra

vestindo o mesmo tecido que você.Anéis como pedras azuis não.

–Ora,é bem possivel que....

–Chega as duas!-exclamou a irmão mais

velha,Jude e as duas mais novas se calaram imediatamente.

Passaram-se algumas semanas desde a partida

do pai das três moças.

Elas,por esse periodo,ocuparam-se com seus

afazeres.

Jude,a mais velha bordava,geralmente ao lado

da lareira.A mais velha era uma moça bonita,assim como as irmãs.Era alta e

esbelta,de olhos e cabelos escuros.A do meio,Marianne,ocupava-se com seus

desenhos,ela era uma excelente desenhista.Assim como a mais velha,ela era

morena,mas possuía belos olhos verde-oliva.E a mais jovem,Bela,tocava sua

arpa,como era de costume.Isabela era a mais bela das irmãs.Não era morena como

as irmãs,havia herdado os cabelos ruivos de seu pai e os olhos azuis como o céu

da noite de sua mãe.

Enfim,os dias passavam-se

assim.Borbando,desenhando e tocando.

Até que em uma tarde a mais velha,que havia

deixado seu bordado de lado por um momento e tinha ido até a janela,observar o

horizonte,na esperança de quem sabe ver seu pai despontando lá longe.Mas nada.

–Hm...Nosso pai já devia ter

retornado-queixou-se com as irmãs.

–Tem razão-concordou Marianne acenando com a

cabeça.

–Será que está tendo problemas em encontrar

meu anel de pedra azul?-perguntou a mais jovem,Bela,parando de tocar sua arpa.

–Não sei

Bela,não sei-respondeu a mais velha voltando a bordar.

Não muito distante das filhas, o Mercador

encontravasse em frente a uma belissima propriedade, logo após um belo e

selvagem bosque,admirando uma rosa azul no alto de uma roseira,em um dos

jardins dessa propriedade.

O homem espreitava atrás de um arbusto, observando

se havia alguém ali,mas parecia deserto.Ele havia comprado a cordão para a

filha mais velha,o tecido mais bonito que havia na cidade para a do meio,mas

não encontrou o anel de pedra azul para a mais jovem.Procurou por toda

Paris,mas nada.Não havia,simplesmente não havia.Foi quando passava por uma

estrada,por acaso decidiu cortar o carinho por aquele bosuqe e viu aquela rosa

azul imperando sobre o jadim.Tão linda,combinaria perfeitamente com sua filha

mais jovem,Isabela.

Decidiu então apanhar a rosa para levar para

sua filha. Não era o anel, mas tinha certeza que iria agradar.

Então o homem caminhou até a roseira, avançando

como um gatuno, tetando fazer o menor ruido possivel. Ele se aproximou da

rosa,e estendeu a mão até a flor,e a recolheu da roseira. Já com a flor em

mãos,ele aspirou o aroma.Um cheiro suave e adocicado, não como os das outras

rosas, aquela rosa azul tinha um perfume diferente. O Mercador sorriu, crente

de que a filha iria adorar aquela flor, não era o anel que havia pedido,mas a

flor tinha o mesmo tom de azul do céu em uma noite.

Foi quando ouviu um ruido estrondoso, seu

rosto virou automaticamente para a direção de onde vinha. A imensa porta do

casarão havia sido aberta,e de lá saia um homem alto e de aparência

assustadora.Ele era pálido, de um pálido sucumbido, vestia calças escuras e

camisa branca esfarrapada, e sobre os ombros um velho e mofado casaco. Tinha os

cabelos escurtos e desarrumados, e olhos escuros que possuiam um bilho

assustador contra a pele de cadáver.

O Mercador deu alguns passos cambaleantes para

trás enquanto aquele pavoroso homem vinha em sua direção, um sorriso

medonhamente sádico nos lábios.

–Como ousa invadir minha propriedade e

roubar-me?-perguntou o tal homem aproximando-se do velho Mercador.

–Eu...não tinha

a....intenção-balbuciou o Mercador tremulo de medo.

–Como

ousa?-tornou a perguntar o homem de aparência bestial, provocando ainda mais

temor no velho mercador.

–Perdoe-me-pediu

o homem remexendo nos bolsos-Quanto quer pela rosa?Eu lhe pago o valor que pedir-ofereceu

o Mercador tirando algumas moedas de pratas de um saquinho e duas de ouro.

–Não seja

tolo-disse o homem pavoroso em tom de desdém-Essa rosa que apanhaste é muito

mais valiosa do que qualquer moeda de metal.Podendo apenas ser trocada por

outra rosa,igualmente bela e rara-um sorriso sepulcral nasceu no rosto da

fera-Senhor Mercador,vive naquele vilarejo perto daqui,não é verdade?-ele se

aproximou do mercador, rondando como um animal pesonhento,o sorrindo.

O Mercador assentiu.

–E o senhor

tem três belas rosas em seu jardim,não é mesmo?-o sorriso aumentou, soando

agora como demonioco no rosto daquele homem.

–Três...belas

rosas em meu ja-jardim...-repetiu o homem procurando o significado daquelas

palavras,temendo o que suspeitava que significassem.

–Sim,sim-o

homem sorriu assentindo-Suas três beles rosas,suas três filhas. A mais

velha,pelo o que soube borda muitissimo bem...-a fera disse com seu sorrindo

aumentando com o pavor que parecia dominar o rosto do pobre mercador-...a do

meio desenha.Hm...mas essas habilidades não valem muito para mim,eu gosto mesmo

é de uma boa música,sabia? Ora,ora,ora, ainda falta a ultima rosa de seu

jardim! E veja que conhecidencia, ela é uma excelente musicista.

–Não-sussurrou

o mercador angustiado quando percebeu onde aquele homem pavoroso iria

chegar.-Não-repetiou ele,desta vez aos brandos.

A fera riu.

–Sim, é isso

mesmo-quero uma rosa sua em troca da qual você atreveu a retirar do meu

jardim.É justo,eu não esttarei roubando,ao contrario de ti.

–Nunca.Nunca

vai me tirar nenhuma das minhas filhas-gritou o Mercador.

–Irei sim,e

ainda a mais jovem.Ou me entrega sua tão adorada filha até a alvorada de amanhã

ou então eu a roubo para mim.E ainda destruo tudo o que você possui.Tudo,além

de suas outras filhas...

Continua...

JLNalesso
Enviado por JLNalesso em 07/06/2012
Reeditado em 07/06/2012
Código do texto: T3710852