Mono
Feche os olhos
Apenas feche seus olhos
Deixe o ar entrar e sair calmamente
Isso, respira tão profundamente quanto puder
Agora pare de respirar
Abra seus olhos
Consegue sentir a dor penetrar todo o seu corpo?
É basicamente a dor que sou obrigado a passar todos os dias
Como se o ar tivesse matando-me pouco a pouco
E a alegria de viver fosse saber que algum dia
Algum dia qualquer, sem data exata ou com importância
Tudo poderia acabar...
--------------------===========-----------------------------------
Acorde de mais um sonho, ou durma para sempre, não tenha medo do que o vazio possa representar para você, pois se assim você se sentir melhor, então nada mais pode ser feito, o vazio que você tanto ama te preenchera cada célula.
Deite para acordar, durma para sentir e finja que nada está acontecendo. Rastros passam diante de seus olhos, pistas, provas, meras façanhas do destinho lhe avisando que o amor bateu tanto a porta que desistiu de uma vez por todas de tentar entrar em um coração tão sujo quanto o próprio pecado.
Sorriso carismático, apenas mais um sorriso fingido, consigo ver as marcas que traçam seu rosto, você não dorme a dias com medo de ter pesadelos, e também de gostar deles a ponto de não querer mais acordar, você está cansado, você sente-se fraco, toda a força se esvaiu do seu corpo e tudo o que lhe resta é o desejo de continuar a fingir tudo está bem.
As marcas que traçam seu corpo como lindas e finas marcas rosas nada importam para muitos ao seu redor, mas para você é tudo, ou foi tudo, foi sua saída, sua escolha, sua confusão, sua culpa, sua desesperança, sua salvação... Sua rendição...
Você sente muito por ter errado, e assume sentir, mas continua a atirar pedras contra seu corpo, continua a ferir sua alma, ferir seu ego, ferir sua auto estima, você precisa saber que a dor está ali presente para então saber que está vivo, é tudo uma questão de lógica, onde a dor existe a vida também existe, e esse é seu erro, mas ninguém nunca percebe que está afundando em uma linda lama cinzenta até que esteja completamente submerso.
Não importa o motivo, as razões nunca são as mesmas, muitos sentem coisas, vêem coisas, vivem coisas que só eles mesmos podem explicar, e cada um carrega no peito a marca dessa dor, e essa dor preenche um espaço muito maior do que deveria, e as buscas começam, um desejo incansável de acabar com ela, de fazer com que o motivo pelo qual sofremos sucumba ao desejo de viver, mas esse nunca é forte o bastante para ganhar das doses de remédios diários que muitos são obrigados a tomar para conseguir dormir, descansar, comer, sorrir, não sentir, não sentir dor, fingir estar bem... viver. Nada é fácil, nada nunca foi fácil, e, sinceramente, não sei a que rumo essa conversa chegou, então vou parar por aqui.