Vai a Deus! Liana.
Acho que isso é saudade, o adeus mórbido dado em seu túmulo. Será que o luso que criara esta palavra, metafisicamente iconografada no gesto de adeus, sofria quanto eu. As lembranças do adeus dado no funeral mesclam tantos sentimentos que me perturbam. Por que Deus me tirou o meu amor. Por que não a esqueço. Por que nos restam um frigido adeus. ‎"Vai com Deus!" para quem esta indo. "Vai a Deus!" para quem não volta. Adeus! ela não volta. Em nostalgia com minhas doces lembranças, mas só sem ela, agora sem mais ninguém, com uma angustia de saber que ela não volta. Queria esquecê-la, mesmo que minhas lembranças sejam o paraíso, me lembram daquele dia chuvoso, o funeral de Liana.