SUSSURROS DE UM QUARTO ESCURO
Aparecido fica, sentado na cama com medo, das paredes já carcomidas e velhas de tinta escura ele ouve o assobia da noite e o barulho dos insetos que parece o cochicho dos demônios, o céu esta claro com a luz da lua que sorri ironicamente.
Ele ouve passos na escada que da para seu quarto, ele ouve o respirar de algo que chega, pra na maçaneta tocar, o som do relógio se confundi e segue o ritmo do seu coração, ele esfrega os olhos de pálpebras escuras, o rosto pálido deixa cair uma gota de suor frio como uma lápide, ele tenta pensar quem pode ser aquele que se aproxima da porta, pode ser uma bela mulher de lábios carnudos e vivos como sangue, que vem lhe trazer prazer e uma doce promessa, mas não pode ser um demônio, um da quele espíritos malditos que assombram a noite, que arrastam os erros de nosso passado, e esfregam em nossa cara nossos medos e vergonhas.
Será que um dia, ele vai abrir a porta,pra vê quem lá fora lhe espera ,será que ele vai girar a maçaneta, será que ele vai ser assombrado a vida inteira pela dúvida