Mutilado: Sangue e Gozo
Eram duas da manha, e o barulho monotono e ininterrupto do velho ventilador redondo naquele quarto escuro e seco era quase inaldivel. Seu penis ainda estava sujo, e suas mãos molhadas de sangue e suor, que aos poucos secavam e davam um aspecto pegajoso aos dedos, seu coração batia mais forte e seus olhos viravam de satisfação pelo seu gozo. Sentia cada cicatriz, marca das antigas noites de prazer, como se tivessem sido rasgadas hoje. Esperou tanto, para finalmente chegar ao exito. Ao lado de sua cama repousava uma faca enferrujada, parceira de suas longas noites de prazer, que pingava sangue e vida. O DVD ainda gemia com o video que ainda não acabara, mostrando aquela inutil mulher que lentamente se debatia e aos poucos se entregava ao cansaço, consciente de sua derrota física e social. As algemas dilaceravam sua carne putrefata de prostituta e o sangue banhava as pernas frias e magras trazendo o pressagio da
morte iminente. O olhar de sofrimento constratava com o ardor de desejo. Agora ele se sentia completo, e ela, morta. Ao tentar se levantar não encontrou forças, e permaneceu no chão, deitado ao lado de sua imensa poça de sangue seco, fruto do apice de seu desejo, momento em que decepara seu proprio órgão de prazer que agora se afogava naquele imenso mar vermelho