descanso
Vejo sangue caindo do céu azul,
e as estrelas no chão,
já não voltam à brilhar,
nem os anjos à cantar.
A beleza de outrora,
tingida de mártir
se desfez com a lágrima da morte.
A cada suspiro, sobe ao céu
a mácula do homem
fugindo à própria existência.
Vejo a noite chegando, tão carente,
cheia das nuvens de um dia sombrio,
com o mesmo frio convidativo
ebriante, descompassado das criaturas que habita,
e que do sangue dos anjos que caíram da salvação
se nutriram...