descanso

Vejo sangue caindo do céu azul,

e as estrelas no chão,

já não voltam à brilhar,

nem os anjos à cantar.

A beleza de outrora,

tingida de mártir

se desfez com a lágrima da morte.

A cada suspiro, sobe ao céu

a mácula do homem

fugindo à própria existência.

Vejo a noite chegando, tão carente,

cheia das nuvens de um dia sombrio,

com o mesmo frio convidativo

ebriante, descompassado das criaturas que habita,

e que do sangue dos anjos que caíram da salvação

se nutriram...

lunasouza
Enviado por lunasouza em 31/01/2011
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