DIÁRIO DA MORTE

Com um abraço

Arrebatou a alma desolada do corpo

Fazendo com que ela em êxtase

Continuasse em frente ao seu usado invólucro

Viu o seu “salvador” e não teve medo

Viu o seu salvador e estava se sentindo leve

A morte ainda estendia a mão para a jovem

Sabia que ela não fugiria do seu destino

Mas a alma estava solta, e por isso ela estendia a mão na intenção de segurá-la

A menina olhou mais uma vez para seu corpo desfalecido

Deitado na cama com lençóis tintos de sangue

O seu sangue

Tentou olhar os próprios olhos que não haviam se fechado

Mas não conseguiu

Analisou, então, o rosto tão jovem e bonito

As lagrimas em sua face deixavam a pele úmida e brilhante

Correu os olhos pela cena

E encontrou os pulsos abertos, escuros com profundas feridas

A mão fechada em punho também continha sangue

Ela segurava fortemente a navalha que usara para se ferir mortalmente

Viu tudo num milésimo de segundo

Já não precisava sentir mais nada

Estava livre

E finalmente alguma coisa a esperava

A morte a esperava de frente

Sorrindo suavemente para a jovem falecida

A garota sorriu de volta

E, receosa, porém satisfeita, segurou na mão fria da morte

Ela a guiaria ao seu destino tão esperado...

pRincesS of innocence
Enviado por pRincesS of innocence em 13/01/2011
Reeditado em 18/01/2011
Código do texto: T2726051
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