A noite não foi feita para os que vivem

Pelas ruas de pedra dessa cidadezinha, vagava a lenda de um homem alto, vestido de vestes pretas, que em cima de seu cavalo e apoiado em seus galanteios seduzia, não somente mulheres, mas todos que o via.

Diziam que não é bom sair à noite... No riacho atrás da Igreja ele consumia seu desejo pela carne e depois de alguns dias desaparecido, o corpo de mais uma vitima era encontrado boiando no leito do rio.

Não havia uma pessoa que se dispunha a ir até esse tal lugar, que agora, mesmo durante os dias, era assombrado pelos gritos de agonia ouvidos a noite por todos os que em casa dormiam em sua dita segurança.

Duas noites sem passaram sem que o leito cristalino fosse manchado por sangue de mais uma vitima. Bastaram 30 minutos para que os habitantes, pobres habitantes, acreditassem em um policial gordo, que dizia ter matado esse terrível homem e tê-lo feito sofrer o mesmo que aqueles que haviam morrido em suas sujas mãos.

Aos poucos a lenda foi esquecida...Poucos fechavam as janelas para dormir, muitos jovens saiam e aproveitavam a noite.

Poucos, que por muitos esquecidos, desapareciam ao redor da cidade e quando seus corpos eram encontrados desnudos e com partes de seu corpo dilaceradas, eram tomados como ataques de animais ou coisa assim.

A lenda só irá tomar sua devia proporção novamente, quando alguém importante, como eu, xerife dessa cidade, aparecer somente com essa carta em minhas mãos, mais um cadáver no cemitério da Igreja...

Deixo claro que errei quando disse que tal...coisa... Não existia... Errei ao deixar os que em mim acreditavam, crer em uma realidade que inventei... E agora, faço das palavras do homem... Ou o que for... Que provavelmente logo irá me matar, as minhas palavras... Nunca se esqueçam...

A noite não foi feita para os que vivem...

Adeus.

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 06/06/2010
Código do texto: T2304027
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