O NATAL DE JOSÉ
O dia já estava clareando numa rua da periferia de Caxias, cidade da Princesa do Sertão Maranhense. O menino abre a porta da cozinha, lava o rosto no tanque próximo a cerca de talo de babaçu. As galinhas correm ao seu encontro batendo as aselhas, momento em que o guri pega na mesa da cozinha um saco de milho lançando com as mãos. Imaginativo, olha para o céu e ver que algumas estrelas solitárias ainda estão a cintilar naquela única camisa da candidata Roseana Sarney, já bastante velha e rota com alguns remendos nas laterais. O garotinho de dez anos se abaixa e leva a lenha ao fogareiro, acende o fogo e coloca água para fazer o café, limpando suas mãos no calção, meti no bolso, e conta cinco moedas de dez centavos, apressa-se e vai até a vendinha do Tonico no outro lado da rua.
- Hei moço! Quero um quilo de farinha de puba, da boa? Quanto custa? Pediu e exigiu o garoto.
- Setenta centavos. Disse o comerciante arrumando as prateleiras.
- Moço, eu só tenho cinqüenta centavos, dá pra me vender trinta centavos de farinha e um pão?
O comerciante abriu o saco e pesou a quantidade dos trocados do menino. Ao adentrar na sua singela casa, suspendeu a banda da porta de palha e foi fazer um chá de erva-cidreira para a mãe que se encontrava enferma da perna esquerda há vários dias, ocasionada de um acidente automobilístico.
- Mamãe, aqui está o seu chá e o pão.
- Ó meu filho! Obrigada, você é um amor. Que dia é hoje?
- É 23 de dezembro, mãe. É seis horas da manhã, vou procurar um bico e ganhar algum dinheiro senão agente não come hoje.
- Tá bom José. Cuidado na rua meu filho! Aconselhou a mãe.
O pequeno José fechou a porta de palha e saiu apressado, assobiando e demonstrando satisfação naquela manhã de sol que despontava por trás das palmeiras de babaçu, onde os bem-te-vis revoavam com seus lindos gorjeios.
A mãe do juvenil chamava-se Conceição, uma senhora solteira com 39 anos, com aspecto de 50 anos embebidos pelas dificuldades do cotidiano. Ela observava o teto daquele casebre acobertado de palhas de babaçu, remexendo de um lado para o outro da rede. E medita sobre o dia 25 de dezembro, data natalina, na possibilidade de presentear o filho no natal, vez que suas condições físicas não lhe permitiam trabalhar.
Todavia, insiste e sai com um bastão, andando vagarosamente nas ruas do bairro João Viana. Oportunidade que em que chega numa casa e pergunta à proprietária, se não havia algum lavado.
-Não. E como você vai lavar roupas nesse estado?
-Mulher, vai repousar é melhor do que andar procurando sarna pra se coçar. Tu não tem a mínima condição de trabalhar. Disse a senhora alertando sobre os cuidados.
Conceição ao ouvir, retira-se triste, perdendo o desejo de ganhar algum dinheiro para comprar o presente do filho. Enquanto isso passa um malfeitor de bicicleta e solta uma arrogância.
- Sai do meio da rua velha safada.
Passou o malandro com a bicicleta fazendo malabarismo em cima da senhora, que não teve tempo para se defender, apenas olhou, e continuou com seus passos.
Naquela quinta feira de 23 de dezembro de 2004, o tempo em Caxias estava quente, José já se encontrava no mercado central, desfilando com a camisa branca, antiga de campanhas pretéritas do PFL, trazendo o perfil sorridente da candidata Roseana Sarney. José olhava para um lado e outro como quem procurasse o rosto mais ameno para conversar ou ter uma amizade. E ligeiramente falou com o feirante de peixes.
- Hei moço! Já vendeu muito peixe hoje? Inquiriu o menino.
- Não. Hoje a maré não está pra peixe. Não vai comprar nenhum?
- Não. Eu não tenho dinheiro. O senhor quer que eu ajude na venda?
- Qual é garoto, eu nem te conheço!
-Eu também não. Mais posso vender todos esses peixes. Refutou o menino.
- Você está caçoando comigo moleque. Eu tenho é vinte anos de peixe.
- Pois experimente. Me dá um cambo desses para eu vender.
Sorriu o feirante.
O comerciante entregou um cambo de peixes, e num piscar de olho, ao seu lado, vendeu e pediu em seguida outro, o que surpreendeu o feirante aos seus pés, recebendo mais 50 cambos e deu somente uma volta na feira livre, não restou um só cambo de peixe, e assim sucessivamente. O guri saiu rápido com um enfileirado de peixes na vara lançado nas costas e cantando uma melodia de sua autoria, chamando à atenção de todos.
- Olha o peixe! Olha o peixe! É de hoje. Veio da ilha do amor. Quem quiser um cambinho me compre por favor. Só custa um real. Compre comigo que não vai lhe fazer mal.
Um rapaz se aproxima e pergunta.
-De onde vem esses peixes?
- Da Ilha do Amor. Lá de São Luis do Maranhão, terra da Roseana. Me compre moço, é só um realzinho com este real vou tomar um cafezinho. Leve logo e até logo.
No dia seguinte, vésperas de natal, José já estava vendendo bem cedo na feira, e cantando sua melodia. O feirante ficou encantado com o menino. E disse-lhe.
-Garoto você mora aonde?
-Depois do bairro João Viana, por trás do presídio. Porque o senhor quer saber e o que vai fazer lá?
- Quero lhe contratar para trabalhar comigo.
O meninote sorriu e chorou com os olhos avermelhados.
-É mesmo moço. Mais eu sou pequeno demais, eu só tenho 10 anos.
-Não tem problema. Vou cuidar de você como se fosse um dos meus filhos. Aqui está o seu pagamento e vou entregar aos seus pais.
-O que é isso moço! Eu não tenho pai. É muito dinheiro pra mim. Só dez reais paga o meu serviço.
- José, você vendeu mais de seiscentos reais em peixes, agora vou deixar você em casa.
-Não vá não moço! Lá não entra carro. Argüi o rapazinho
E seguiram rumo ao bairro pobre de Caxias, ao chegar naquele lugarejo, abriram as portas de palhas e o feirante conversou com a dona Conceição, entregando o pagamento de R$ 120,00 (cento e vinte reais), afirmando que o menino já estava empregado. Satisfeita, dona Conceição agradece com dádivas divinas. A emoção fora imensa naquela palhoça, sem energia, sem água e sem rua, apenas um herói desconhecido ali nascia, chamado José que aconselhou sua mãe para guardar o dinheiro e comprar comestíveis. Esclarecendo que não se preocupasse em comprar presentes de natal, que o natal era a sua própria mãe com saúde.
A noite estava festiva na cidade, foguetes iluminavam os céus, sentados ali na porta com o clarão da lamparina, conversavam e sorriam e planejam os futuros dias. Josias, coloca a cabeça no colo da mãe e fala tristemente.
- Mãe, quando eu crescer não vou deixar a senhora sofrer, vou ganhar muito dinheiro e ter uma casa bonita com televisão e muitos móveis. Olha mãe, eu não sei porque o meu pai nunca veio aqui me trazer um presente. Eu ficaria feliz com uma caçamba que derrama terra daquelas bem grandes que passa lá na BR 316. Mãezinha, hoje o Armazém Paraíba estava cheio! Todo mundo comprando, olhei para uma bicicleta e me apaixonei por ela, é linda mãe!
- José, você fala demais.
- É verdade mãe. O gerente do Paraíba é o senhor Edmundo, ele até falou comigo, perguntando se minha manhã já tinha feito as compras de Natal. Até ganhei cinco reais pra mim merendar.
- Mamãe! Onde mora o meu pai? Quem é ele? Me fale mãe? Indagou o menino.
- José, eu namorei com ele numa festa lá no "Nosso Clube" e terminei ficando grávida de você e esta pessoa não vi mais na minha vida.
De repente, alguém grita.
-Hei de casa! Onde mora o José?
-É aqui. Quem quer falar com ele essas horas. Investigou dona Conceição.
- Sou eu! O feirante.
Aproximou o feirante, trazendo presentes, incluindo cestas básicas, televisor, bicicleta e materiais para construção da nova casa. O contentamento naquela noite de natal, festejando o nascimento do menino de Jesus com luzes de lamparina, molhou o coração do feirante que abraçou a todos, afirmando que o natal nunca mais seria como dantes. Pois, José era um bom garoto e tinha certeza ser ele um bom filho. Enquanto o menino abraçava sua mãe e chorava pelo reconhecimento do estranho em pleno nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo.
O feirante se despediu acolhendo os dois num abraço desejando um Feliz Natal e Dona Conceição lagrimava afirmando a bondade recebida.
- Moço! Eu nem sei como lhe agradecer até parece que você veio mandado por Deus nesta Noite de Natal, tenho vergonha de mostrar a minha casa para receber uma pessoa como você. Que Deus lhe proteja e Santo Expedito seja o seu guardião e seu soldado nesta vida.
- Vocês não precisam chorar, isto aqui não é nada, é apenas um reconhecimento e que tenham uma Feliz Noite de Natal. Disse o feirante partindo ao centro da cidade.
- Mãe já é natal. Natal, Veja aquela estrela no céu parece um foguete caindo lá no mar. Agora eu tenho uma bicicleta, tenho televisor e tudo, tudo.
Meteoros, como fenômeno luminoso que resulta do atrito de meteoroide com gases da atmosfera terrestre, realizavam com brilhos o Natal de José, transformando naquele lugarejo pobre a maior festa natalina.
O dia já estava clareando numa rua da periferia de Caxias, cidade da Princesa do Sertão Maranhense. O menino abre a porta da cozinha, lava o rosto no tanque próximo a cerca de talo de babaçu. As galinhas correm ao seu encontro batendo as aselhas, momento em que o guri pega na mesa da cozinha um saco de milho lançando com as mãos. Imaginativo, olha para o céu e ver que algumas estrelas solitárias ainda estão a cintilar naquela única camisa da candidata Roseana Sarney, já bastante velha e rota com alguns remendos nas laterais. O garotinho de dez anos se abaixa e leva a lenha ao fogareiro, acende o fogo e coloca água para fazer o café, limpando suas mãos no calção, meti no bolso, e conta cinco moedas de dez centavos, apressa-se e vai até a vendinha do Tonico no outro lado da rua.
- Hei moço! Quero um quilo de farinha de puba, da boa? Quanto custa? Pediu e exigiu o garoto.
- Setenta centavos. Disse o comerciante arrumando as prateleiras.
- Moço, eu só tenho cinqüenta centavos, dá pra me vender trinta centavos de farinha e um pão?
O comerciante abriu o saco e pesou a quantidade dos trocados do menino. Ao adentrar na sua singela casa, suspendeu a banda da porta de palha e foi fazer um chá de erva-cidreira para a mãe que se encontrava enferma da perna esquerda há vários dias, ocasionada de um acidente automobilístico.
- Mamãe, aqui está o seu chá e o pão.
- Ó meu filho! Obrigada, você é um amor. Que dia é hoje?
- É 23 de dezembro, mãe. É seis horas da manhã, vou procurar um bico e ganhar algum dinheiro senão agente não come hoje.
- Tá bom José. Cuidado na rua meu filho! Aconselhou a mãe.
O pequeno José fechou a porta de palha e saiu apressado, assobiando e demonstrando satisfação naquela manhã de sol que despontava por trás das palmeiras de babaçu, onde os bem-te-vis revoavam com seus lindos gorjeios.
A mãe do juvenil chamava-se Conceição, uma senhora solteira com 39 anos, com aspecto de 50 anos embebidos pelas dificuldades do cotidiano. Ela observava o teto daquele casebre acobertado de palhas de babaçu, remexendo de um lado para o outro da rede. E medita sobre o dia 25 de dezembro, data natalina, na possibilidade de presentear o filho no natal, vez que suas condições físicas não lhe permitiam trabalhar.
Todavia, insiste e sai com um bastão, andando vagarosamente nas ruas do bairro João Viana. Oportunidade que em que chega numa casa e pergunta à proprietária, se não havia algum lavado.
-Não. E como você vai lavar roupas nesse estado?
-Mulher, vai repousar é melhor do que andar procurando sarna pra se coçar. Tu não tem a mínima condição de trabalhar. Disse a senhora alertando sobre os cuidados.
Conceição ao ouvir, retira-se triste, perdendo o desejo de ganhar algum dinheiro para comprar o presente do filho. Enquanto isso passa um malfeitor de bicicleta e solta uma arrogância.
- Sai do meio da rua velha safada.
Passou o malandro com a bicicleta fazendo malabarismo em cima da senhora, que não teve tempo para se defender, apenas olhou, e continuou com seus passos.
Naquela quinta feira de 23 de dezembro de 2004, o tempo em Caxias estava quente, José já se encontrava no mercado central, desfilando com a camisa branca, antiga de campanhas pretéritas do PFL, trazendo o perfil sorridente da candidata Roseana Sarney. José olhava para um lado e outro como quem procurasse o rosto mais ameno para conversar ou ter uma amizade. E ligeiramente falou com o feirante de peixes.
- Hei moço! Já vendeu muito peixe hoje? Inquiriu o menino.
- Não. Hoje a maré não está pra peixe. Não vai comprar nenhum?
- Não. Eu não tenho dinheiro. O senhor quer que eu ajude na venda?
- Qual é garoto, eu nem te conheço!
-Eu também não. Mais posso vender todos esses peixes. Refutou o menino.
- Você está caçoando comigo moleque. Eu tenho é vinte anos de peixe.
- Pois experimente. Me dá um cambo desses para eu vender.
Sorriu o feirante.
O comerciante entregou um cambo de peixes, e num piscar de olho, ao seu lado, vendeu e pediu em seguida outro, o que surpreendeu o feirante aos seus pés, recebendo mais 50 cambos e deu somente uma volta na feira livre, não restou um só cambo de peixe, e assim sucessivamente. O guri saiu rápido com um enfileirado de peixes na vara lançado nas costas e cantando uma melodia de sua autoria, chamando à atenção de todos.
- Olha o peixe! Olha o peixe! É de hoje. Veio da ilha do amor. Quem quiser um cambinho me compre por favor. Só custa um real. Compre comigo que não vai lhe fazer mal.
Um rapaz se aproxima e pergunta.
-De onde vem esses peixes?
- Da Ilha do Amor. Lá de São Luis do Maranhão, terra da Roseana. Me compre moço, é só um realzinho com este real vou tomar um cafezinho. Leve logo e até logo.
No dia seguinte, vésperas de natal, José já estava vendendo bem cedo na feira, e cantando sua melodia. O feirante ficou encantado com o menino. E disse-lhe.
-Garoto você mora aonde?
-Depois do bairro João Viana, por trás do presídio. Porque o senhor quer saber e o que vai fazer lá?
- Quero lhe contratar para trabalhar comigo.
O meninote sorriu e chorou com os olhos avermelhados.
-É mesmo moço. Mais eu sou pequeno demais, eu só tenho 10 anos.
-Não tem problema. Vou cuidar de você como se fosse um dos meus filhos. Aqui está o seu pagamento e vou entregar aos seus pais.
-O que é isso moço! Eu não tenho pai. É muito dinheiro pra mim. Só dez reais paga o meu serviço.
- José, você vendeu mais de seiscentos reais em peixes, agora vou deixar você em casa.
-Não vá não moço! Lá não entra carro. Argüi o rapazinho
E seguiram rumo ao bairro pobre de Caxias, ao chegar naquele lugarejo, abriram as portas de palhas e o feirante conversou com a dona Conceição, entregando o pagamento de R$ 120,00 (cento e vinte reais), afirmando que o menino já estava empregado. Satisfeita, dona Conceição agradece com dádivas divinas. A emoção fora imensa naquela palhoça, sem energia, sem água e sem rua, apenas um herói desconhecido ali nascia, chamado José que aconselhou sua mãe para guardar o dinheiro e comprar comestíveis. Esclarecendo que não se preocupasse em comprar presentes de natal, que o natal era a sua própria mãe com saúde.
A noite estava festiva na cidade, foguetes iluminavam os céus, sentados ali na porta com o clarão da lamparina, conversavam e sorriam e planejam os futuros dias. Josias, coloca a cabeça no colo da mãe e fala tristemente.
- Mãe, quando eu crescer não vou deixar a senhora sofrer, vou ganhar muito dinheiro e ter uma casa bonita com televisão e muitos móveis. Olha mãe, eu não sei porque o meu pai nunca veio aqui me trazer um presente. Eu ficaria feliz com uma caçamba que derrama terra daquelas bem grandes que passa lá na BR 316. Mãezinha, hoje o Armazém Paraíba estava cheio! Todo mundo comprando, olhei para uma bicicleta e me apaixonei por ela, é linda mãe!
- José, você fala demais.
- É verdade mãe. O gerente do Paraíba é o senhor Edmundo, ele até falou comigo, perguntando se minha manhã já tinha feito as compras de Natal. Até ganhei cinco reais pra mim merendar.
- Mamãe! Onde mora o meu pai? Quem é ele? Me fale mãe? Indagou o menino.
- José, eu namorei com ele numa festa lá no "Nosso Clube" e terminei ficando grávida de você e esta pessoa não vi mais na minha vida.
De repente, alguém grita.
-Hei de casa! Onde mora o José?
-É aqui. Quem quer falar com ele essas horas. Investigou dona Conceição.
- Sou eu! O feirante.
Aproximou o feirante, trazendo presentes, incluindo cestas básicas, televisor, bicicleta e materiais para construção da nova casa. O contentamento naquela noite de natal, festejando o nascimento do menino de Jesus com luzes de lamparina, molhou o coração do feirante que abraçou a todos, afirmando que o natal nunca mais seria como dantes. Pois, José era um bom garoto e tinha certeza ser ele um bom filho. Enquanto o menino abraçava sua mãe e chorava pelo reconhecimento do estranho em pleno nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo.
O feirante se despediu acolhendo os dois num abraço desejando um Feliz Natal e Dona Conceição lagrimava afirmando a bondade recebida.
- Moço! Eu nem sei como lhe agradecer até parece que você veio mandado por Deus nesta Noite de Natal, tenho vergonha de mostrar a minha casa para receber uma pessoa como você. Que Deus lhe proteja e Santo Expedito seja o seu guardião e seu soldado nesta vida.
- Vocês não precisam chorar, isto aqui não é nada, é apenas um reconhecimento e que tenham uma Feliz Noite de Natal. Disse o feirante partindo ao centro da cidade.
- Mãe já é natal. Natal, Veja aquela estrela no céu parece um foguete caindo lá no mar. Agora eu tenho uma bicicleta, tenho televisor e tudo, tudo.
Meteoros, como fenômeno luminoso que resulta do atrito de meteoroide com gases da atmosfera terrestre, realizavam com brilhos o Natal de José, transformando naquele lugarejo pobre a maior festa natalina.