AH, PAPAI NOEL...
Ah, Papai Noel… Papai Noel de araque. Que vontade eu tenho de te esgoelar todo dia 25 de dezembro e afogar uma a uma aquelas renas nojentas naqueles laguinhos gelados do Pólo Norte. Juro que ainda vou fazer isto.
O que nós combinamos para este ano? Hein? Eu não me comprometi que tentaria me comportar? Por acaso não me comprometi quem em 2007 eu não cometeria nenhum delito grave? E por acaso, seu velho sacana, eu não cumpri com as minhas promessas?
Então será que eu posso saber por que eu não ganhei de presente um marido multimilionário, dono de uma cadeia de Spas, lindo, carismático e etecetera e tal? Lembra que eu pedi isso? Pois é, não ganhei. Você não me deu o que eu mais queria, seu velho invejoso. No mínimo, meu presente precioso ficou para você mesmo.
Olha, já tô cansada daquele desfile de pobre na minha porta. Eu tenho faro para arranjar homem sem um tostão no bolso. Parece que tenho um radar acoplado na minha testa que atrai todos os caras duros da cidade, para não dizer do Brasil inteiro. Sem falar no Valdir, que não larga do meu pé.
Meu amado Papai Noel… Cheguei à conclusão que você é um imprestável, para não dizer um inútil, que trabalha só uma vez por ano e ganha fama de ser um velho bonzinho. Pois sim! Espere para ver. Vou espalhar para todo mundo a verdade sobre você. Veio bobão!
E já que eu não ganhei nada, mas absolutamente nada (não vou mencionar o jogo de panelas de alumínio que o Valdir me deu, porque isto não é presente, é castigo), vou chutar o pau da barraca. Cansei de ser querida. Fingi o ano inteiro ser uma menina mimosa. Agüentei gente insuportável porque achei que seria recompensada. Para quê? Para nada. Agora eu quero mais é que todo mundo se… se exploda. E você vai na frente, Papai Noel dos infernos, puxando a fila, com suas reninhas insossas. Agora em 2008 vai ser do meu jeito. My way! Conhece aquela música do Frank? Frank Sinatra? Vai ser assim.
My way.