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O BARQUINHO DO VITINHO
O BARQUINHO DO VITINHO
O dia primeiro de dezembro amanheceu lindo. Céu azulado e sem nuvens. Jeca desligou os pisca-piscas porque estava claro. O sol quase a pino. Vitinho com cinco anos de idade, o que mais queria ganhar naquele Natal era um barquinho.
- Quando eu for pro sítio da vovó, quero brincar no lago que os marrecos nadam. – Dizia ele.
O que ele se referia era o pequeno lago na casa da avó.
Jeca mandou fazer o barquinho, uma obra de arte muito bonita. O homem acompanhou a fabricação pra ver se sairia no jeito que planejou. O menino pulava de alegria gritando que iria ganhar o barco mais lindo do mundo.
O sonho da criança ficou pronto. Na véspera de Natal a ceia foi na casa da vovó, no sítio. Vitinho queria ainda de noite, colocar o barco a navegar, mas ficou para o dia seguinte. Cada vez que a família ia para a casa da senhora, o barquinho estava lá à espera do pequeno dono.
Alguns gurizões rodeavam a propriedade bisbilhotando. Num descuido furtaram o barquinho. Vitinho ficou até doente. O pai queria comprar outro, mas o menino queria o mesmo de volta. O próximo Natal estava chegando. Fez uma prece pra Deus que lhe desse de volta o barquinho que pra ele era um presente tão valioso.
Numa viagem a trabalho, o pai chegou numa loja grande de brinquedos. Começou a ver as vitrinas. De repente... um barquinho que parecia o do filho Vitinho. Pediu pra olhar. Para surpresa sua, era mesmo o do menino. Na proa estava gravado o nome “Victor”, feito com arame quente, em forma artezanal. Perguntou pelo preço. O lojista disse o valor. Era muito caro. O homem não dispunha daquela quantia. Faltava bastante. Pediu que guardasse pra ele, que voltaria comprar. Ia em casa que era em outra cidade pra buscar o dinheiro. Mas o dono não guardava pra ninguém. Venderia para o primeiro que quisesse comprar.
Jeca fez um empréstimo e conseguiu uma quantia bem maior que a necessária. Voltou nessa cidade e lá ainda estava o brinquedo, mas num valor bem mais alto do que o anteriormente. Tentou negociar para comprar pelo preço de uma semana atrás, mas não teve sucesso. Levou o barquinho. Pagou três vezes mais caro.
O Natal chegou. Na véspera, na ceia da casa da vovó, Vitinho fez um pequeno discurso que emocionou os presentes. Disse que não iria exigir nada, porque o que ele queria era o barco de volta e ali ninguém teve culpa do sumiço do mesmo.
O pai pegou uma caixa de presente e entregou ao menino. Este abriu. Surpresa grande... Ali estava o mesmo barco intacto. Deus ouviu a prece.
(Christiano Nunes)
- Quando eu for pro sítio da vovó, quero brincar no lago que os marrecos nadam. – Dizia ele.
O que ele se referia era o pequeno lago na casa da avó.
Jeca mandou fazer o barquinho, uma obra de arte muito bonita. O homem acompanhou a fabricação pra ver se sairia no jeito que planejou. O menino pulava de alegria gritando que iria ganhar o barco mais lindo do mundo.
O sonho da criança ficou pronto. Na véspera de Natal a ceia foi na casa da vovó, no sítio. Vitinho queria ainda de noite, colocar o barco a navegar, mas ficou para o dia seguinte. Cada vez que a família ia para a casa da senhora, o barquinho estava lá à espera do pequeno dono.
Alguns gurizões rodeavam a propriedade bisbilhotando. Num descuido furtaram o barquinho. Vitinho ficou até doente. O pai queria comprar outro, mas o menino queria o mesmo de volta. O próximo Natal estava chegando. Fez uma prece pra Deus que lhe desse de volta o barquinho que pra ele era um presente tão valioso.
Numa viagem a trabalho, o pai chegou numa loja grande de brinquedos. Começou a ver as vitrinas. De repente... um barquinho que parecia o do filho Vitinho. Pediu pra olhar. Para surpresa sua, era mesmo o do menino. Na proa estava gravado o nome “Victor”, feito com arame quente, em forma artezanal. Perguntou pelo preço. O lojista disse o valor. Era muito caro. O homem não dispunha daquela quantia. Faltava bastante. Pediu que guardasse pra ele, que voltaria comprar. Ia em casa que era em outra cidade pra buscar o dinheiro. Mas o dono não guardava pra ninguém. Venderia para o primeiro que quisesse comprar.
Jeca fez um empréstimo e conseguiu uma quantia bem maior que a necessária. Voltou nessa cidade e lá ainda estava o brinquedo, mas num valor bem mais alto do que o anteriormente. Tentou negociar para comprar pelo preço de uma semana atrás, mas não teve sucesso. Levou o barquinho. Pagou três vezes mais caro.
O Natal chegou. Na véspera, na ceia da casa da vovó, Vitinho fez um pequeno discurso que emocionou os presentes. Disse que não iria exigir nada, porque o que ele queria era o barco de volta e ali ninguém teve culpa do sumiço do mesmo.
O pai pegou uma caixa de presente e entregou ao menino. Este abriu. Surpresa grande... Ali estava o mesmo barco intacto. Deus ouviu a prece.
(Christiano Nunes)