O PRESENTE DE NATAL

Era véspera de Natal, o dia amanheceu nublado, anunciando chuva ao entardecer. Maria mãe de sete filhos menores, ficou a pensar o que daria para seus filhos, naquela noite de Natal. Abandonada pelo marido com sete filhos pequenos, eles passaram fome e frio. Maria tinha que matar um leão por dia, para sobreviver. Os mais velhos , apesar de não entender até aceitavam a vida de miséria que levavam, mas os dois menores não. Eles tinham dois e cinco anos.

Aquela mãe não sabia o que fazer, pois trabalhava em qualquer coisa para tentar levar o sustento para casa. Naquele Natal, os dois filhos menores ficaram esperançosos que receberiam a visita de papai Noel.

Imaginem a situação, se Maria não conseguia nem alimentá-los direito, quanto mais presenteá-los. E naquela noite Maria alimentou seus filhos com o pouco que tinha, pouco mesmo, e os colocou para dormir. Os dois menores foram dormir naquela expectativa do presente de Natal.

Enquanto todos dormiam, Maria comprou uma coca-cola, daquelas pequenas de embalagem de vidro e colocou ao lado da cama dos dois menores e também um brinquedo usado de um patinho de plástico, com um barbante amarrado. Brinquedo este que foi doado pela irmã de Maria, pois seu filho não mais queria.

Pela manhã, as crianças acordaram eufóricas a procura dos presentes, encontraram os refrigerantes e o brinquedo velho. Quem visse tal cena dilacerava o coração.

Enquanto isso, os dois primos deles brincavam radiantes com seus brinquedos novos, um ganhou uma bicicleta e o outro uma motoca. As crianças ficaram olhando e imaginando, por que Papai Noel era tão desigual?

As crianças cresceram e passaram a entender que Papai Noel não existia, é apenas uma ilusão e um meio dos comerciantes enriquecerem.

Sem se importarem a quem vai atingir para alcançar suas inescrupulosas metas. Eles saem atropelando tudo e todos, com um único propósito, aumentar seus lucros, não importa a que custo. Mesmo quecuste a lagrima de uma criança.

P.S.Que possamos neste Natal refletir sobre o significado do verdadeiro Natal