J PITANGA e o Melhor Natal de Sua Vida
José Joschua Junior, era seu nome de batismo, mas, J Pitanga, era o codinome pelo qual ficou conhecido desde que sofreu aquele terrível acidente, quando caiu do telhado,ao trabalhar numa das inúmeras casas de Dona Zilma; rica proprietária de imóveis, no bairro mais nobre da cidade.
J Pitanga, literalmente desabou junto com boa parte da estrutura de madeira e telhas ;madeira, se podemos assim chamar, o que restou do banquete feito pelos cupins durante muitos anos. A queda foi terrível, o barulho assustador, o grito de dor, ouvido na quadra seguinte e J Pitanga, foi retirado do meio dos escombros em estado lastimável.
Uma concussão séria, duas vértebras quebradas e um pé amassado foi o saldo de J. Pitanga, ao cair de seis metros de altura. Acordou numa cama de hospital, após o coma de seis semanas e aos poucos foi lembrando do acontecido . Ao ser informado do resultado desastroso e quase fatal : chorou!
Um choro convulsivo, amargo, intenso e somatório, a todos os percalços de sua vida. Um sentimento alimentado por anos de sofrimento, inúmeros revezes e tristes resultados.
Apenas uma de suas lembranças,era mais do que suficiente para inquirir aos céus, do por que isso havia acontecido, justo com ele? As imagens do ultimo Natal junto aos pais, quando presenciou a morte deles, executados por inimigos políticos, e que, só escapou por estar escondido no armário do banheiro, já seria motivo de revolta contra o Criador. Não fosse esclarecido nesse tema da espiritualidade por sua avó materna, não teria resistido a metade dos percalços vividos.
Seu patrão e empreiteiro da obra: Sumiu! Soube que fora levado pelo SAMU e recebeu do hospital um tratamento razoável, em face as precariedades do sistema. Conheceu a neta de dona Zilma, e dela recebeu todo o apoio possivel e uma quantia em dinheiro para poder comprar uma cadeira de rodas e os remédios que se fizessem necessários fora do recinto hospitalar.
No ano seguinte o carteiro, entregou-lhe uma serie de telas, tintas e pincéis, cujo remetente não quis se identificar, deixando apenas escrito num envelope: ‘A vida pode ser uma pintura, só depende de você.” Algum tempo depois, o mesmo carteiro... mas,uma frase diferente, acompanhava os cinzéis e materiais para trabalhos manuais em esculturas: "A arte dá forma a vida, você pode ser o artista ".
Inúmeras foram as vezes em que tentou descobrir seu incentivador e benfeitor e, em muitas ocasiões forçou sem sucesso, dissuadir o carteiro a entregar-lhe o nome do referido.
Alguns anos depois, já curado e podendo caminhar, era um artista renomado e conhecido por sua assinatura: J Pitanga. Ao relembrar aquela véspera de Natal, em que, dirigiu-se a casa de Dona Zilma- sua benfeitora anônima- e foi recebido por sua neta, Maileri , que ao recebe-lo trouxe-lhe uma carta da avó; falecida na semana anterior.
J. Pintado: chorou!... Não só pela morte de sua benfeitora, mas pelo que estava escrito na carta :
Querido José ! Ao leres esta, certamente já terei partido do meio em que materialmente ainda vives e eu tive o privilé gio de usufruír também . Sei que não tive culpa do que contigo aconteceu, até por minha ignorância sobre obras, mas não podia fugir de minha missão aqui neste plano. Procurei nesse longo tempo de tua enfermidade, te incentivar à lutar por tuas virtudes e aptidões... no que acredito ter sido bem sucedida. Junto à esta missiva, a escritura em teu nome, da casa em que sofrestes tão dura queda e um cheque com valor suficiente, para tuas despesas na viajem que farás a Inglaterra . Nesse país, sofrerás uma microcirurgia restauradora na tua coluna. O médico, Dr Michel Korp, já foi contratado, e te espera o mais breve possivel no hospital Londrino. Sei que a operação será um sucesso, pois tive uma visita espiritual de teu pai, Carlos e tua mãe Mirthes, que animaram-me a escrever-te esta carta. Este é meu Presente de Natal, Sr. José Joschua Junior ;grande pintor e escultor deste século. Assinado : Zilma, tua amiga não muito secreta e que te deseja um Feliz Natal.
Feliz Ano Novo à todos deste recanto.
José Joschua Junior, era seu nome de batismo, mas, J Pitanga, era o codinome pelo qual ficou conhecido desde que sofreu aquele terrível acidente, quando caiu do telhado,ao trabalhar numa das inúmeras casas de Dona Zilma; rica proprietária de imóveis, no bairro mais nobre da cidade.
J Pitanga, literalmente desabou junto com boa parte da estrutura de madeira e telhas ;madeira, se podemos assim chamar, o que restou do banquete feito pelos cupins durante muitos anos. A queda foi terrível, o barulho assustador, o grito de dor, ouvido na quadra seguinte e J Pitanga, foi retirado do meio dos escombros em estado lastimável.
Uma concussão séria, duas vértebras quebradas e um pé amassado foi o saldo de J. Pitanga, ao cair de seis metros de altura. Acordou numa cama de hospital, após o coma de seis semanas e aos poucos foi lembrando do acontecido . Ao ser informado do resultado desastroso e quase fatal : chorou!
Um choro convulsivo, amargo, intenso e somatório, a todos os percalços de sua vida. Um sentimento alimentado por anos de sofrimento, inúmeros revezes e tristes resultados.
Apenas uma de suas lembranças,era mais do que suficiente para inquirir aos céus, do por que isso havia acontecido, justo com ele? As imagens do ultimo Natal junto aos pais, quando presenciou a morte deles, executados por inimigos políticos, e que, só escapou por estar escondido no armário do banheiro, já seria motivo de revolta contra o Criador. Não fosse esclarecido nesse tema da espiritualidade por sua avó materna, não teria resistido a metade dos percalços vividos.
Seu patrão e empreiteiro da obra: Sumiu! Soube que fora levado pelo SAMU e recebeu do hospital um tratamento razoável, em face as precariedades do sistema. Conheceu a neta de dona Zilma, e dela recebeu todo o apoio possivel e uma quantia em dinheiro para poder comprar uma cadeira de rodas e os remédios que se fizessem necessários fora do recinto hospitalar.
No ano seguinte o carteiro, entregou-lhe uma serie de telas, tintas e pincéis, cujo remetente não quis se identificar, deixando apenas escrito num envelope: ‘A vida pode ser uma pintura, só depende de você.” Algum tempo depois, o mesmo carteiro... mas,uma frase diferente, acompanhava os cinzéis e materiais para trabalhos manuais em esculturas: "A arte dá forma a vida, você pode ser o artista ".
Inúmeras foram as vezes em que tentou descobrir seu incentivador e benfeitor e, em muitas ocasiões forçou sem sucesso, dissuadir o carteiro a entregar-lhe o nome do referido.
Alguns anos depois, já curado e podendo caminhar, era um artista renomado e conhecido por sua assinatura: J Pitanga. Ao relembrar aquela véspera de Natal, em que, dirigiu-se a casa de Dona Zilma- sua benfeitora anônima- e foi recebido por sua neta, Maileri , que ao recebe-lo trouxe-lhe uma carta da avó; falecida na semana anterior.
J. Pintado: chorou!... Não só pela morte de sua benfeitora, mas pelo que estava escrito na carta :
Querido José ! Ao leres esta, certamente já terei partido do meio em que materialmente ainda vives e eu tive o privilé gio de usufruír também . Sei que não tive culpa do que contigo aconteceu, até por minha ignorância sobre obras, mas não podia fugir de minha missão aqui neste plano. Procurei nesse longo tempo de tua enfermidade, te incentivar à lutar por tuas virtudes e aptidões... no que acredito ter sido bem sucedida. Junto à esta missiva, a escritura em teu nome, da casa em que sofrestes tão dura queda e um cheque com valor suficiente, para tuas despesas na viajem que farás a Inglaterra . Nesse país, sofrerás uma microcirurgia restauradora na tua coluna. O médico, Dr Michel Korp, já foi contratado, e te espera o mais breve possivel no hospital Londrino. Sei que a operação será um sucesso, pois tive uma visita espiritual de teu pai, Carlos e tua mãe Mirthes, que animaram-me a escrever-te esta carta. Este é meu Presente de Natal, Sr. José Joschua Junior ;grande pintor e escultor deste século. Assinado : Zilma, tua amiga não muito secreta e que te deseja um Feliz Natal.
Feliz Ano Novo à todos deste recanto.