ILUSÃO

Era verão.

Era dezembro.

Era Natal.

A pequena luz do vaga-lume começou a piscar.

Ele estava pousado num pequeno galho de árvore, ouvindo o canto das cigarras que cantavam em coro.

No ar havia um clima de emoção.

Todos estavam mais sensibilizados com as belezas do mundo.

O pequeno vaga-lume também tinha seus sonhos e queria transformar seus sonhos em projetos e poder realizá-los.

Sabia que a vida era curta e precisava externar seus sentimentos para que alguém pudesse entendê-lo.

Estava concentrado em seus pensamentos, divagando em devaneios.

Após despertar para a realidade, ficou a observar a pequena luz que brilhava ao longe e seu coração encheu-se de esperança, pois pensava ter encontrado sua alma gêmea; alguém com quem compartilhar seus sonhos.

Então, após encher-se de coragem, respirou fundo e seguiu em direção ao seu futuro, com a cabeça cheia de planos.

Sentia que estava seguindo pôr um caminho, com a possibilidade de concretizar o que havia planejado.

Seguia tão envolvido em seus projetos, em direção a sua amada, que não percebeu que ela não tinha os mesmos sentimentos que ele e que ela era fria e distante.

E quando se aproximou daquela luz radiante e que piscava num ritmo controlado, não pode conter as lágrimas de decepção e tristeza.

Então ele percebeu que seus sonhos haviam se dissipado, pois sua amada enfeitava um galho de um pequeno pinheiro e que ela era uma pequena lâmpada de um pisca-pisca de Natal.

NEIDA ROCHA
Enviado por NEIDA ROCHA em 18/12/2006
Código do texto: T321687