CRENÇA E  DESCRENÇA

Os que acreditam

Para muitos, a religião e a fé em Deus oferecem um sentido de propósito e pertencimento em um mundo vasto e, muitas vezes, caótico. A ideia de um Criador pode trazer consolo em momentos de dúvida, dor ou perda. É como uma bússola moral, guiando escolhas e comportamentos. Em algumas narrativas, Deus é um pai celestial, uma presença protetora que acompanha cada passo do indivíduo.

Além disso, a tradição desempenha um papel importante. Se alguém cresce em uma comunidade ou família profundamente religiosa, é natural que adote as crenças que o cercam. A espiritualidade também pode emergir de experiências pessoais inexplicáveis ou transformadoras, aquelas em que a racionalidade parece insuficiente para justificar o que foi vivido.

Os que não acreditam

Por outro lado, há aqueles que questionam. Em um romance, eles seriam os personagens que desconfiam da "realidade visível". Eles olham para o universo e veem uma ordem nascida do caos, guiada por leis físicas, e não pela mão de um ser supremo. Para essas pessoas, a ausência de evidências concretas é o suficiente para descartar a ideia de Deus ou de religiões organizadas.

O ceticismo também pode nascer da dor ou da desilusão. Quem já sofreu injustiças ou viu o mal prevalecer pode questionar a existência de um Deus bom e justo. Em muitos enredos, a figura do "descrente" surge como um reflexo do desejo de encontrar respostas além do que as religiões tradicionais oferecem.

Neri Satter – Dezembro de 2024    CONTOS DO SCARAMOUCHE

Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 19/12/2024
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