CORINGA VERSÃO DE FÃ parte 2

A Corte da Coruja convocou Coringa para explicar por que ele tentou matar o jovem Bruce Wayne, há alguns anos atrás e acabou matando o seu mordomo Alfred Pennyworth. Eles estavam numa sala grande, o Coringa estava no centro, de pé, ao seu redor muitas pessoas, homens e mulheres poderosos de Gotham, estavam usando roupas caras e mascaras brancas, que lembravam de longe um coruja. Centrado num trono, estava um outro homem - um velho, poderoso, sábio, perigoso, assassino, dava pra notar, com certeza um bilionário - esse usava um capuz, que se parecia com uma coruja, sua roupa, como a de um juiz, uma toga preta, comprida, dava-lhe um ar de onipotência perigosa. A Corte da Coruja era o lado sombrio do governo de Gotham, desde que a cidade foi fundada em 1724. Poucos sabiam da existência desse grupo. Naquele momento eles estavam conversando com o Coringa

Uma mulher o interrogava:

- Por quê você atacou o jovem Bruce Wayne, há uns quinze anos atrás?

- Ele é meu irmão, respondeu Arthur Fleck, muito magro, olhar estranho, vidrado, roupa amarrotada, com ar abatido, com certeza tendo muitas noites de insônia.

- Ele não é o seu irmão. Você não se parece em absoluto com ele.

- A minha mãe, quando era viva, trabalhou como empregada na Mansão Wayne e Thomas Wayne engravidou a minha mãe, então eu sou sim, irmão do jovem Bruce. - Disse ele convincente.

A mulher olhou para o homem no trono, como se perguntando se isso seria real.

- Nada sei sobre você ser ou não irmão de Bruce Wayne, mas corre o boato que você matou a sua mãe, com um travesseiro, sufocando-a, num ataque de loucura.

- Ela tem pesadelos todas as noites e me acorda aos gritos. Eu tentei fazer ela ficar quieta, naquele dia e nos outros e sempre.

- Ela tinha pesadelos, ela morreu, você quer dizer.

- Não, essa noite ela gritou muito alto, a noite toda e eu coloquei o travesseiro nela e ela continuou a gritar.

- A sua mãe apareceu pra você essa noite?

- Sim, ela até dançou pra mim.

- Outra coisa, alguns associam a morte de Thomas Wayne a você, mas nós sabemos que não é verdade, pois foi a corrupção da cidade, que fez com que um pobre, um mendigo, um ladrãozinho, acabasse com a vida de Thomas e Martha Wayne. Mas por enquanto vamos deixar essa idéia continuar, para que haja uma fama sobre a sua pessoa.

O homem no trono finalmente falou alguma coisa. Ele disse baixo, calmo, com uma voz rouca de alguém que fumava muito, até mesmo diria com carinho, o nome do Coringa.

- Arthur, eu chamei você aqui, pois você tem qualidades, que eu preciso. Você tem um desprendimento da vida, um tanto faz, se estiver vivo ou morto, que pode ser muito util para a nossa causa, que é dominar Gotham de vez. Durante séculos ficamos no escuro, mas agora queremos mudar, para que todos saibam quem é que manda realmente em Gotham. Você vai trabalhar para a gente, a partir de agora. Vejo que você esta passando por necessidades financeiras, mas já providenciamos uma nova casa pra você e dinheiro. Ai esta o meu seguidor, com dinheiro nessa pasta, que da pra você se manter até que o convoquemos para o que queremos fazer em Gotham. Nós temos um problema em comum, que é o Batman, esse cavaleiro mascarado que apareceu há alguns anos e nos tem dado muito trabalho.

Arthur Fleck não tinha como responder que não queria, pois ele não conhecia esse grupo, mas o trouxeram seqüestrado, pra esse lugar que parecia uma mansão, jogando-o no porta malas de um carro. Mas onde estavam? Quem eram eles? A todo o tempo, ele sentia o perigo no ar. E apesar de falar baixo e calmo, o homem no trono era o mais perigoso de todos eles.

Continua...

pslarios
Enviado por pslarios em 05/12/2024
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